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Não buscar aproximação com Irã seria negligência, diz Kerry

O secretário de Estado americano, John Kerry, disse que "seria uma negligência diplomática" não buscar o diálogo com o Irã

John Kerry, secretário de Estado americano: Kerry alertou, porém, que aproximação requer primeiro ações concretas por parte de Teerã (Adrees Latif/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2013 às 08h43.

Tóquio - O secretário de Estado americano, John Kerry , disse nesta quinta-feira em Tóquio, onde está em visita oficial, que "seria uma negligência diplomática" por parte de Washington não buscar o diálogo com o Irã , mas alertou que essa aproximação requer primeiro ações concretas por parte de Teerã.

Em seu primeiro pronunciamento depois que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu nesta semana que os Estados Unidos não confiem nos últimos gestos do presidente iraniano, Hassan Rohani , Kerry afirmou que não buscar a aproximação com Teerã seria uma "negligência diplomática do pior tipo".

"Eu não interpretei os comentários do primeiro-ministro Netanyahu como uma sugestão de que estamos sendo considerados tolos. Entendi que se tratava de uma advertência: não se deixem enganar", explicou o secretário de Estado em entrevista coletiva na capital japonesa.

"Posso assegurar ao primeiro-ministro Netanyahu e a Israel que nada do que façamos vai ser baseado exclusivamente na credulidade", disse Kerry, que deixou claro que os EUA exigirão como condição prévia ao diálogo provas de que o Irã não está desenvolvendo armas atômicas.

Em 27 de setembro, os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e do Irã, Hassan Rohani, mantiveram uma histórica conversa telefônica, a primeira entre os máximos líderes de ambos países desde 1979, sobre o programa nuclear iraniano, o que alimentou as expectativas em torno de um possível acordo global em relação a esta questão.

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Em seu primeiro pronunciamento depois que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu nesta semana que os Estados Unidos não confiem nos últimos gestos do presidente iraniano, Hassan Rohani , Kerry afirmou que não buscar a aproximação com Teerã seria uma "negligência diplomática do pior tipo".

"Eu não interpretei os comentários do primeiro-ministro Netanyahu como uma sugestão de que estamos sendo considerados tolos. Entendi que se tratava de uma advertência: não se deixem enganar", explicou o secretário de Estado em entrevista coletiva na capital japonesa.

"Posso assegurar ao primeiro-ministro Netanyahu e a Israel que nada do que façamos vai ser baseado exclusivamente na credulidade", disse Kerry, que deixou claro que os EUA exigirão como condição prévia ao diálogo provas de que o Irã não está desenvolvendo armas atômicas.

Em 27 de setembro, os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e do Irã, Hassan Rohani, mantiveram uma histórica conversa telefônica, a primeira entre os máximos líderes de ambos países desde 1979, sobre o programa nuclear iraniano, o que alimentou as expectativas em torno de um possível acordo global em relação a esta questão.

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