Milhares de manifestantes se reúnem na praça Cibeles, em Madri, para defender sistema de saúde pública. (AFP/AFP)
AFP
Publicado em 12 de fevereiro de 2023 às 15h44.
Centenas de milhares de pessoas tomaram as ruas de Madri, neste domingo (12), em um novo protesto para defender o sistema público de saúde da região que atende a capital da Espanha, sobrecarregado há meses por falta de pessoal e recursos.
Os manifestantes, entre eles vários profissionais do setor da saúde, partiram de diferentes pontos de Madri com tambores e apitos até se aglomerarem na frente da prefeitura. Nas mãos, carregavam cartazes com a frase "Saúde não se vende, se defende".
O protesto reuniu 250.000 pessoas, segundo as autoridades, e cerca de meio milhão, de acordo com os organizadores, que pediram "mais recursos" para o governo de Madri, acusado de favorecer os prestadores de serviço privados em detrimento do sistema público de saúde.
Essa é a terceira maior mobilização em menos de três meses na capital da Espanha, depois de um protesto em 13 de novembro, e outro, em 15 de janeiro.
Em Madri, parte dos médicos do sistema público está em greve desde 21 de novembro, por tempo indeterminado. A categoria reivindica melhores condições de trabalho, uma menor carga de pacientes e aumento salarial.
A insatisfação com as carências do sistema de saúde afeta diversas regiões de um país descentralizado, no qual as autoridades autônomas são responsáveis pela gestão de áreas como a saúde. Em Madri, cidade governada pelo Partido Popular, de direita, o movimento de protesto é mais forte.