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MUD diz que sua vitória é "começo da mudança" na Venezuela

Jesús Torrealba: "Hoje temos razões para comemorar, o país pedia uma mudança, essa mudança começou hoje


	Jesús Torrealba: "Hoje temos razões para comemorar, o país pedia uma mudança, essa mudança começou hoje"
 (Carlos Garcia Rawlins/ Reuters)

Jesús Torrealba: "Hoje temos razões para comemorar, o país pedia uma mudança, essa mudança começou hoje" (Carlos Garcia Rawlins/ Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2015 às 08h25.

Caracas - A plataforma opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) afirmou nesta segunda-feira que sua vitória nas legislativas com 99 deputados dos 167 cadeiras da nova Assembleia Nacional (AN) representa o "começo da mudança" no país.

"Começou a mudança Venezuela, hoje temos razões para comemorar, o país pedia uma mudança, essa mudança começou hoje", disse o secretário-executivo da MUD, Jesús Torrealba, após o anúncio do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) dos resultados provisórios com 96,03% dos votos apurados.

Com esta vitória "a agenda da paz reinou, a agenda dos cidadãos se impôs, o voto conseguiu vencer democraticamente um governo que não é democrático", afirmou o porta-voz da aliança ao fazer a leitura de um comunicado conjunto da plataforma que reúne a maioria dos partidos de oposição.

A presidente do CNE, Tibisay Lucena, anunciou que a aliança opositora ganhou as eleições legislativas com 99 deputados contra 46 do chavismo, de acordo com os resultados preliminares.

Torrealba considerou que esta vitória envia uma mensagem ao governo de Nicolás Maduro, porque demonstra que "o povo falou claro, as famílias venezuelanas se cansaram de viver as consequências do fracasso, o povo não tolera nem o mais mínimo desvio dos princípios estabelecidos na constituição".

Esta maioria permite à plataforma opositora, em primeiro termo, designar a junta diretiva da Câmara, que tomará posse em 5 de janeiro de 2016, e da qual nunca fez parte.

Entre outras coisas, poderia também aprovar uma lei de anistia que extinga a responsabilidade penal que pesa sobre vários opositores presos, entre eles o líder de Vontade Popular, Leopoldo López, condenado a quase 14 anos de prisão.

Esta é a primeira vez que a coalizão opositora consegue uma maioria no Parlamento desde que foi criado no ano de 2000 após a dissolução do antigo Congresso. 

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