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MPF diz que há 'fatos novos' sobre consultoria de Palocci

Em junho, alegando que não existiam indícios de crime, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, arquivou representações de partidos contra o ex-ministro

Palocci gera a primeira grande crise do governo Dilma Rousseff com suspeitas de enriquecimento ilícito antes de se tornar ministro (Wilson Dias/ABr)

Palocci gera a primeira grande crise do governo Dilma Rousseff com suspeitas de enriquecimento ilícito antes de se tornar ministro (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2011 às 18h52.

Brasília - O Ministério Público Federal em Brasília afirmou ter encontrado fatos novos numa investigação envolvendo as atividades empresariais do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci. Em junho, alegando que não existiam indícios de crime, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, arquivou representações de partidos de oposição que pediam a apuração de suspeitas de irregularidades na empresa de consultoria Projeto, de propriedade do ex-ministro.

"Não é possível concluir pela presença de indício idôneo de que a renda havida pelo representado (Palocci) como parlamentar ou por intermédio da Projeto adveio da prática de delitos, nem que tenha usado do mandato de deputado federal para beneficiar eventuais clientes de sua empresa perante a administração pública", disse Gurgel na ocasião.

Como ministro de Estado, Palocci somente podia ser investigado e acusado pelo procurador-geral, que é o chefe do Ministério Público. Mas, com a saída do cargo, ele tornou-se um cidadão comum, passível de apuração por outros procuradores. Em nota, a Procuradoria da República no Distrito Federal informou que em agosto foram encaminhadas a Gurgel informações apuradas num inquérito civil público sobre um suposto enriquecimento ilícito.

"A comunicação reúne informações que não foram citadas, implícita ou explicitamente, na decisão de arquivamento da representação criminal divulgada pela imprensa e analisada no bojo do inquérito civil", informou a procuradoria. De acordo com a nota, a decisão sobre desarquivar ou não o pedido de investigação será tomada pelo o procurador da República Gustavo Pessanha Velloso. Para desarquivar uma investigação é necessário que existam fatos novos.

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