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MPF acusa Marcos Valério de lavagem de dinheiro

Ele e a mulher, Renilda, são acusados de usar a empresa 2S Participações para lavar "vários milhões de reais" provenientes do mensalão

Marcos Valério solicitou o adiamento da audiência, mas manobra não deu certo (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2011 às 18h52.

São Paulo - O Ministério Público Federal (MPF) em Belo Horizonte apresentou nova denúncia à Justiça contra o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, além de sua mulher, Renilda Maria Santiago Fernandes de Souza. Eles são acusados de usarem a empresa 2S Participações Ltda. para lavar "vários milhões de reais" provenientes do mensalão. Outras dez ações contra Valério por causa do envolvimento com o esquema tramitam na Justiça Federal em Minas.

Segundo a denúncia, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) detectou, entre setembro e novembro de 2005 - ano em que veio à tona o mensalão, cujo processo tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) -, movimentação financeira "atípica" envolvendo Renilda e a S2, com transferências de grandes somas de dinheiro entre contas da mulher de Valério e da empresa em várias instituições bancárias.

Durante as investigações, a Justiça Federal quebrou os sigilos bancários de Renilda e da empresa e os responsáveis pelas investigações constataram que parte dos recursos teve origem em contas usadas para operar o mensalão, em nome das agências de publicidade SMP&B Comunicação e DNA Propaganda, de propriedade de Marcos Valério e outros sócios, também já denunciados à Justiça.

O laudo contábil usado para embasar a denúncia afirma que as "sucessivas" transferências "não apresentam justificativa econômica e financeira para sua realização" e que este tipo de movimentação "é prática normalmente usada quando o objetivo é dificultar o rastreamento de recursos e, assim, impedir a identificação de sua origem primária".

Em depoimento, Renilda afirmou que seu marido era o responsável pela movimentação, mas assumiu que ela também fez transferências entre sua conta pessoal e a da empresa. Segundo o MPF, "os dois denunciados tinham livre acesso à movimentação financeira das contas da 2S Participações". O advogado de Valério e Renilda não foi encontrado na tarde de hoje.

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Segundo a denúncia, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) detectou, entre setembro e novembro de 2005 - ano em que veio à tona o mensalão, cujo processo tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) -, movimentação financeira "atípica" envolvendo Renilda e a S2, com transferências de grandes somas de dinheiro entre contas da mulher de Valério e da empresa em várias instituições bancárias.

Durante as investigações, a Justiça Federal quebrou os sigilos bancários de Renilda e da empresa e os responsáveis pelas investigações constataram que parte dos recursos teve origem em contas usadas para operar o mensalão, em nome das agências de publicidade SMP&B Comunicação e DNA Propaganda, de propriedade de Marcos Valério e outros sócios, também já denunciados à Justiça.

O laudo contábil usado para embasar a denúncia afirma que as "sucessivas" transferências "não apresentam justificativa econômica e financeira para sua realização" e que este tipo de movimentação "é prática normalmente usada quando o objetivo é dificultar o rastreamento de recursos e, assim, impedir a identificação de sua origem primária".

Em depoimento, Renilda afirmou que seu marido era o responsável pela movimentação, mas assumiu que ela também fez transferências entre sua conta pessoal e a da empresa. Segundo o MPF, "os dois denunciados tinham livre acesso à movimentação financeira das contas da 2S Participações". O advogado de Valério e Renilda não foi encontrado na tarde de hoje.

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