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Morte de Kadafi pode ser considerada crime de guerra, diz TPI

Procurador do tribunal também afirmou que o governo líbio deve informar ao TPI até o dia 10 de janeiro se entregará o filho de Kadafi, Saif al-Islam

O ex-ditador líbio foi capturado e morto no dia 23 de outubro em circunstâncias obscuras (AFP)

O ex-ditador líbio foi capturado e morto no dia 23 de outubro em circunstâncias obscuras (AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2011 às 09h04.

Nova York - O promotor do Tribunal Penal Internacional, o argentino Luis Moreno Ocampo, disse nesta quinta-feira que existem sérias suspeitas de que a morte do líder líbio deposto Muammar Kadafi foi um crime de guerra.

Moreno Ocampo também afirmou que o governo líbio deve informar ao TPI até o dia 10 de janeiro se entregará o filho de Kadhafi, Saif al-Islam, ao tribunal.

Kadafi foi capturado e morto no dia 23 de outubro em circunstâncias obscuras, e Moreno Ocampo afirmou aos jornalistas que "elevamos nossa preocupação" ao governo interino líbio e lhe perguntamos como investigará os crimes cometidos por todos os grupos no levante contra o antigo regime.

"A morte de Muammar Kadafi é um dos temas que devem ser esclarecidos - que ocorreu - porque há sérias suspeitas de que se tratou de um crime de guerra", ressaltou Moreno Ocampo à imprensa após apresentar um informe ao Conselho de Segurança da ONU.

O promotor do TPI disse que seus investigadores estiveram na Líbia na semana passada para continuar a pesquisa. "Estamos trabalhando estreitamente com o governo da Líbia, que tem que gerir uma situação muito complexa", indicou.

Muamar Kadhafi, assim como seu filho Muatassim, morreram no dia 20 de outubro em Sirte quando se encontravam nas mãos dos rebeldes líbios.

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