Exame Logo

Morre heroína australiana da Segunda Guerra Mundial

A mulher mais condecorada pelos aliados na Segunda Guerra Mundial, Nancy Wake, morreu aos 98 anos

Nancy foi condecorada na França com o maior reconhecimento militar, a "Legião de Honra", por sua atividade na Resistência Francesa (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2011 às 06h22.

Sydney - A australiana Nancy Wake, a mulher mais condecorada pelos aliados durante a Segunda Guerra Mundial, morreu no domingo em Londres aos 98 anos, informou a imprensa local.

Wake, de origem neozelandesa, foi condecorada pela França com o maior reconhecimento militar, a "Legião de Honra", por sua atividade na Resistência francesa, além de receber três medalhas da "Cruz de Guerra" e a "Medalla da Resistencia".

Também recebeu a "Medalla George" do Reino Unido, a "Medalha da Liberdade" dos Estados Unidos e, em 2006, a "Insígnia RSA" da Nova Zelândia.

Em 2004 foi agraciada com a "Companhia da Ordem da Austrália" apesar das reservas no Exército que assinalaram que Wake não tinha servido nunca nas forças armadas australianas e que anos antes disse aos comandantes militares da Austrália que introduzissem as medalhas "onde os macacos guardam as nozes".

Nascida em 1912 em Wellington (Nova Zelândia) e criada em Sydney (Austrália), se mudou para a França em 1932 e pouco depois, após a invasão do país em 1940, se uniu à Resistência para ajudar aos aliados e a centenas de judeus a escapar do regime nazista.

Wake fugiu para o Reino Unido depois que foi incluída na lista de pessoas mais procuradas pela Gestapo, que a chamava de "rata branca" por sua habilidade em fugir.

Ali recebeu treinamento como espiã nas forças especiais britânicas antes de retornar para a França para trabalhar com a Resistência nos preparativos do Dia D, o desembarque aliado na Normandia em junho de 1944.

Ao terminar a guerra descobriu que seu marido, o empresário francês Henri Fiocca, foi torturado e executado em 1943.

Casou-se anos depois da guerra com o piloto australiano John Forward com o qual se mudou para a Austrália até que, em 2001, decidiu retornar ao Reino Unido.

A primeira-ministra australiana, Julia Gillard, disse que "Nancy Wake foi uma mulher de valor excepcional", enquanto a ministra neo-zelandesa de Assuntos dos Veteranos, Judith Collins, assinalou que "o mundo perdeu uma mulher valente".

De acordo com seu desejo, Wake será cremada e suas cinzas espalhadas na localidade de Montlucon, no centro da França.

Veja também

Sydney - A australiana Nancy Wake, a mulher mais condecorada pelos aliados durante a Segunda Guerra Mundial, morreu no domingo em Londres aos 98 anos, informou a imprensa local.

Wake, de origem neozelandesa, foi condecorada pela França com o maior reconhecimento militar, a "Legião de Honra", por sua atividade na Resistência francesa, além de receber três medalhas da "Cruz de Guerra" e a "Medalla da Resistencia".

Também recebeu a "Medalla George" do Reino Unido, a "Medalha da Liberdade" dos Estados Unidos e, em 2006, a "Insígnia RSA" da Nova Zelândia.

Em 2004 foi agraciada com a "Companhia da Ordem da Austrália" apesar das reservas no Exército que assinalaram que Wake não tinha servido nunca nas forças armadas australianas e que anos antes disse aos comandantes militares da Austrália que introduzissem as medalhas "onde os macacos guardam as nozes".

Nascida em 1912 em Wellington (Nova Zelândia) e criada em Sydney (Austrália), se mudou para a França em 1932 e pouco depois, após a invasão do país em 1940, se uniu à Resistência para ajudar aos aliados e a centenas de judeus a escapar do regime nazista.

Wake fugiu para o Reino Unido depois que foi incluída na lista de pessoas mais procuradas pela Gestapo, que a chamava de "rata branca" por sua habilidade em fugir.

Ali recebeu treinamento como espiã nas forças especiais britânicas antes de retornar para a França para trabalhar com a Resistência nos preparativos do Dia D, o desembarque aliado na Normandia em junho de 1944.

Ao terminar a guerra descobriu que seu marido, o empresário francês Henri Fiocca, foi torturado e executado em 1943.

Casou-se anos depois da guerra com o piloto australiano John Forward com o qual se mudou para a Austrália até que, em 2001, decidiu retornar ao Reino Unido.

A primeira-ministra australiana, Julia Gillard, disse que "Nancy Wake foi uma mulher de valor excepcional", enquanto a ministra neo-zelandesa de Assuntos dos Veteranos, Judith Collins, assinalou que "o mundo perdeu uma mulher valente".

De acordo com seu desejo, Wake será cremada e suas cinzas espalhadas na localidade de Montlucon, no centro da França.

Acompanhe tudo sobre:AustráliaEuropaFrançaPaíses ricos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame