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Morre Adolfo Suárez, 1º premier da Espanha pós-Franco

Adolfo Suárez, primeiro primeiro-ministro da Espanha eleito depois dos 40 anos da ditadura comandada pelo general Francisco Franco, morreu hoje aos 81 anos.

Rei Juan Carlos: "Suárez foi um estadista que colocou o todo da nação espanhola adiante de seus interesses pessoais e partidários" (Communism in Romania Photo Collection/Wikimedia)
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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2014 às 15h52.

Madri - Adolfo Suárez, primeiro primeiro-ministro da Espanha eleito democraticamente depois dos 40 anos da ditadura comandada pelo general Francisco Franco, morreu neste domingo aos 81 anos. Segundo o porta-voz da família, Fermín Urbiola, Suárez morreu no Centro Clínico de Madri; ele sofria do mal de Alzheimer e estava em tratamento havia dez anos.

A médica Isabel de la Azuela disse que a causa da morte foi "doença obstrutiva pulmonar crônica, agravada pelo quadro do mal de Alzheimer". Suárez havia sido hospitalizado na segunda-feira, com pneumonia.

Em discurso pela televisão, o rei Juan Carlos manifestou gratidão a Suárez "por sua lealdade à coroa". "Suárez foi um estadista que colocou o todo da nação espanhola adiante de seus interesses pessoais e partidários", disse o rei.

O primeiro-ministro Mariano Rajoy afirmou que "um dos grandes homens de nossa era nos deixou" e declarou um período de luto oficial de três dias.

Nos últimos anos da ditadura do general Franco, Suárez era o presidente do Movimento Nacional, o único partido permitido pelo regime, e também diretor-geral da rede estatal de televisão TVE. Em 1976, um ano depois da morte de Franco e da restauração da monarquia, ele foi escolhido pelo rei Juan Carlos para liderar a Espanha na consolidação de uma monarquia parlamentar. A Constituição em vigor até hoje foi aprovada em 1978.

Durante seu governo, Suárez antagonizou os militares e a conservadora Igreja Católica espanhola ao legalizar os partidos políticos e os sindicatos e a propor anistia para crimes políticos.

Um dos eventos mais dramáticos de sua carreira aconteceu em 1981, um mês depois de Suárez renunciar à liderança de seu partido e à chefia do governo. Oficiais da Guarda Civil e do Exército invadiram a sede do Parlamento espanhol numa tentativa de restaurar a ditadura. Suárez foi um dos poucos deputados a não se esconder debaixo das cadeiras quando os golpistas dispararam suas armas para o alto. A tentativa de golpe fracassou.

Depois de fracassar na tentativa de formar um partido centrista, Suárez aposentou-se da política em 1991. Em 2005, seu filho Adolfo revelou que ele sofria do mal de Alzheimer.

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A médica Isabel de la Azuela disse que a causa da morte foi "doença obstrutiva pulmonar crônica, agravada pelo quadro do mal de Alzheimer". Suárez havia sido hospitalizado na segunda-feira, com pneumonia.

Em discurso pela televisão, o rei Juan Carlos manifestou gratidão a Suárez "por sua lealdade à coroa". "Suárez foi um estadista que colocou o todo da nação espanhola adiante de seus interesses pessoais e partidários", disse o rei.

O primeiro-ministro Mariano Rajoy afirmou que "um dos grandes homens de nossa era nos deixou" e declarou um período de luto oficial de três dias.

Nos últimos anos da ditadura do general Franco, Suárez era o presidente do Movimento Nacional, o único partido permitido pelo regime, e também diretor-geral da rede estatal de televisão TVE. Em 1976, um ano depois da morte de Franco e da restauração da monarquia, ele foi escolhido pelo rei Juan Carlos para liderar a Espanha na consolidação de uma monarquia parlamentar. A Constituição em vigor até hoje foi aprovada em 1978.

Durante seu governo, Suárez antagonizou os militares e a conservadora Igreja Católica espanhola ao legalizar os partidos políticos e os sindicatos e a propor anistia para crimes políticos.

Um dos eventos mais dramáticos de sua carreira aconteceu em 1981, um mês depois de Suárez renunciar à liderança de seu partido e à chefia do governo. Oficiais da Guarda Civil e do Exército invadiram a sede do Parlamento espanhol numa tentativa de restaurar a ditadura. Suárez foi um dos poucos deputados a não se esconder debaixo das cadeiras quando os golpistas dispararam suas armas para o alto. A tentativa de golpe fracassou.

Depois de fracassar na tentativa de formar um partido centrista, Suárez aposentou-se da política em 1991. Em 2005, seu filho Adolfo revelou que ele sofria do mal de Alzheimer.

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