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Monti pode ser candidato a presidente nas eleições da Itália

A informação é do jornal "La Repubblica"

O primeiro-ministro Mario Monti sorrindo: segundo o jornal, o anúncio oficial da candidatura deve acontecer nos próximos dias (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2012 às 09h54.

Roma - O primeiro-ministro da Itália , Mario Monti, será candidato à presidência do país nas próximas eleições gerais, afirma nesta quinta-feira o jornal "La Repubblica".

A publicação divulgou detalhes da reunião que Monti teve ontem em Roma com líderes de movimentos de centro, que vêm apoiando uma candidatura sua nos últimos meses, entre eles o presidente da escuderia Ferrari, Luca Cordero di Montezemolo.

Segundo o "La Repubblica", o anúncio oficial da candidatura deve acontecer nos próximos dias. Monti espera a aprovação do orçamento geral de 2013, que acontecerá, provavelmente até sábado, para formalizar sua demissão com o presidente da República, Giorgio Napolitano.

Os prazos, segundo o jornal italiano, são os seguintes: o Senado aprovará hoje os orçamentos, entre amanhã e no sábado será a vez da Câmara dos Deputados, e no domingo Monti comparecerá à tradicional entrevista coletiva de final de ano, que em um primeiro momento estava prevista para esta sexta-feira, mas que foi adiada pelo atraso da tramitação das contas públicas.

Segundo o "La Repubblica" e também o jornal "Corriere della Sera", o primeiro-ministro pretende se candidatar à chefia do governo com o apoio de uma única lista no Senado. Na casa, a barreira eleitoral é mais elevada, enquanto as listas que, por enquanto, o apoiarão na Câmara Baixa já são três.

Esses três movimentos são Futuro e Liberdade para a Itália (FLI), do ex-aliado de Silvio Berlusconi e presidente da Câmara Baixa, Gianfranco Fini; a União dos Democratas-Cristãos e Democratas de Centro, de Pier Ferdinando Casini, e a Lista Itália Futura, de Luca di Montezemolo.

Tanto o "La Repubblica" como "Corriere della Sera", que se mostra mais cauteloso na hora de afirmar que Monti tomou uma decisão definitiva, não descartam que também haja apoio de alguns importantes membros do partido de Berlusconi, o Povo da Liberdade (PDL), que devem abandonar a legenda, como por exemplo, o ex-ministro de Relações Exteriores Franco Frattini.

Os dois periódicos concordam, ao afirmar que Monti expressou aos líderes destes movimentos que pretendem apoiar sua candidatura, de não ter intenção de participar de comícios políticos, embora o "Corriere della Sera" afirme que o político está disposto a ir à TV para defender suas propostas.

Segundo as primeiras pesquisas, citadas pelo "La Repubblica", Monti pode oferecer 44 cadeiras a mais ao bloco de centro, que o apoia. Esse cenário permite fazer previsões sobre possíveis alianças parlamentares, já antes que se conheça a data definitiva das eleições. Ontem, Giorgio Napolitano afirmou que 24 de fevereiro seria a data "mais idônea".

Concretamente, o jornal romano fala da sintonia que Monti mantém com o candidato da centro-esquerda, Pier Luigi Bersani, eleito nas eleições primárias e líder do Partido Democrata (PD). As pesquisas apontam uma maior intenção de voto para Bersani, que não tem intenção de renunciar à candidatura ao cargo de chefe do governo. EFE

mcs/bg/tr

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Roma - O primeiro-ministro da Itália , Mario Monti, será candidato à presidência do país nas próximas eleições gerais, afirma nesta quinta-feira o jornal "La Repubblica".

A publicação divulgou detalhes da reunião que Monti teve ontem em Roma com líderes de movimentos de centro, que vêm apoiando uma candidatura sua nos últimos meses, entre eles o presidente da escuderia Ferrari, Luca Cordero di Montezemolo.

Segundo o "La Repubblica", o anúncio oficial da candidatura deve acontecer nos próximos dias. Monti espera a aprovação do orçamento geral de 2013, que acontecerá, provavelmente até sábado, para formalizar sua demissão com o presidente da República, Giorgio Napolitano.

Os prazos, segundo o jornal italiano, são os seguintes: o Senado aprovará hoje os orçamentos, entre amanhã e no sábado será a vez da Câmara dos Deputados, e no domingo Monti comparecerá à tradicional entrevista coletiva de final de ano, que em um primeiro momento estava prevista para esta sexta-feira, mas que foi adiada pelo atraso da tramitação das contas públicas.

Segundo o "La Repubblica" e também o jornal "Corriere della Sera", o primeiro-ministro pretende se candidatar à chefia do governo com o apoio de uma única lista no Senado. Na casa, a barreira eleitoral é mais elevada, enquanto as listas que, por enquanto, o apoiarão na Câmara Baixa já são três.

Esses três movimentos são Futuro e Liberdade para a Itália (FLI), do ex-aliado de Silvio Berlusconi e presidente da Câmara Baixa, Gianfranco Fini; a União dos Democratas-Cristãos e Democratas de Centro, de Pier Ferdinando Casini, e a Lista Itália Futura, de Luca di Montezemolo.

Tanto o "La Repubblica" como "Corriere della Sera", que se mostra mais cauteloso na hora de afirmar que Monti tomou uma decisão definitiva, não descartam que também haja apoio de alguns importantes membros do partido de Berlusconi, o Povo da Liberdade (PDL), que devem abandonar a legenda, como por exemplo, o ex-ministro de Relações Exteriores Franco Frattini.

Os dois periódicos concordam, ao afirmar que Monti expressou aos líderes destes movimentos que pretendem apoiar sua candidatura, de não ter intenção de participar de comícios políticos, embora o "Corriere della Sera" afirme que o político está disposto a ir à TV para defender suas propostas.

Segundo as primeiras pesquisas, citadas pelo "La Repubblica", Monti pode oferecer 44 cadeiras a mais ao bloco de centro, que o apoia. Esse cenário permite fazer previsões sobre possíveis alianças parlamentares, já antes que se conheça a data definitiva das eleições. Ontem, Giorgio Napolitano afirmou que 24 de fevereiro seria a data "mais idônea".

Concretamente, o jornal romano fala da sintonia que Monti mantém com o candidato da centro-esquerda, Pier Luigi Bersani, eleito nas eleições primárias e líder do Partido Democrata (PD). As pesquisas apontam uma maior intenção de voto para Bersani, que não tem intenção de renunciar à candidatura ao cargo de chefe do governo. EFE

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