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Ministros das Finanças da UE aprovam ajuda a Portugal

País deverá receber 78 bilhões de euros, mas terá que adotar medidas para conter seu déficit

O pedido de ajuda feito por Prtugal aconteceu em abril (Pedro Armestre/AFP)

O pedido de ajuda feito por Prtugal aconteceu em abril (Pedro Armestre/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2011 às 15h46.

Bruxelas - Os ministros europeus das Finanças aprovaram nesta segunda-feira um plano de resgate para Portugal, que prevê 78 bilhões de euros em empréstimos conjuntos com o FMI em troca de medidas de austeridade.

Os ministros europeus "chegaram a um acordo por unanimidade" em uma reunião em Bruxelas para a concessão de "uma assistência financeira em resposta ao pedido das autoridades portuguesas" nesse sentido, anunciaram em um comunicado.

Depois de ter resistido durante vários meses à pressão dos mercados financeiros, Portugal tornou-se em abril o terceiro país da Zona do Euro a pedir uma ajuda financeira externa, depois de Grécia e Irlanda no ano passado.

As condições do plano de ajuda tinham sido fixadas no início do mês: o país deve receber da UE e do Fundo Monetário Internacional 78 bilhões de euros em empréstimos em três anos.

Os europeus financiarão dois terços da ajuda e o Fundo Monetário Internacional (FMI) ficará com o restante, seguindo o mesmo esquema que aplicado para os resgates de Grécia e Irlanda.

Em troca, o país deve adotar novas medidas de rigor, realizar privatizações e reformar o sistema de saúde e a administração pública com o objetivo de reduzir seu atual déficit de 5,9% do Produto Interno Bruto (PIB) para os 3% autorizados por Bruxelas em 2013.

O programa é "ambicioso", mas, ao mesmo tempo, "preserva os grupos mais vulneráveis da sociedade", ressaltaram os ministros das Finanças da União Europeia.

No entanto, a aplicação do plano terá como consequência uma contração do PIB luso de 2011 e 2012, segundo as previsões das autoridades.

Sua aprovação pelos ministros europeus foi possível depois que o governo conservador finlandês chegou a um acordo com outros partidos sem a necessidade de um pacto com os nacionalistas, que se opuseram a qualquer ajuda a Portugal.

Como consequência da última crise financeira mundial, que levou os governos a lançar grandes planos de resgate para o setor privado, a Zona do Euro entrou em uma crise de dívida soberana sem precedentes.

Há um ano, a Grécia foi o primeiro país a pedir uma ajuda à UE e ao FMI. Os gregos pediram 110 bilhões de euros para evitar a quebra e, alguns meses depois, foi a vez da Irlanda, que obteve um pacote de 85 bilhões de euros.

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