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Ministro italiano sobrevive a voto de não-confiança

Alfano enfrentou a votação em consequência da apressada deportação da família de um oligarca cazaque dissidente, em maio


	Angelino Alfano: Senado derrotou o pedido de não-confiança - apresentado pelos partidos de oposição Movimento 5 Estrelas e Esquerda, Ecologia e Liberdade - 226 votos a 55
 (REUTERS/Max Rossi)

Angelino Alfano: Senado derrotou o pedido de não-confiança - apresentado pelos partidos de oposição Movimento 5 Estrelas e Esquerda, Ecologia e Liberdade - 226 votos a 55 (REUTERS/Max Rossi)

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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2013 às 09h12.

Roma - O ministro do Interior italiano, Angelino Alfano, sobreviveu a um voto de não-confiança no Parlamento nesta sexta-feira, evitando uma crise política que poderia derrubar a frágil coalizão governista liderada pelo premiê Enrico Letta.

Alfano, secretário do partido de centro-direita Povo da Liberdade (PDL), que governa em parceria com o tradicional adversário de centro-esquerda Partido Democrático, de Letta, enfrentou a votação em consequência da apressada deportação da família de um oligarca cazaque dissidente, em maio.

O Senado derrotou o pedido de não-confiança - apresentado pelos partidos de oposição Movimento 5 Estrelas e Esquerda, Ecologia e Liberdade (SEL, na sigla em italiano) - 226 votos a 55.

Antes da votação, o primeiro-ministro fez um apelo ao Parlamento para apoiar Alfano, que também é seu vice. "O que eu estou pedindo a vocês é um novo voto de confiança no governo que tenho a honra de liderar", disse Letta ao Senado.

Letta disse que a amplamente criticada operação tinha causado constrangimento à Itália, mas acrescentou que um relatório da polícia mostrou que Alfano não estava envolvido.

A expulsão da esposa e da filha de seis anos do oligarca fugitivo Mukhtar Ablyazov, após uma batida policial à meia-noite em sua casa em Roma, colocou o governo Letta em uma de sua mais profundas crise desde que foi formado após as eleições de fevereiro.

Membros do PDL disseram antes da votação que a coalizão cairia se Alfano fosse forçado a renunciar, algo que o presidente Giorgio Napolitano disse na quinta-feira que teria consequências "irreversíveis" para a Itália nos mercados financeiros.

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