Manifestantes seguram cartazes com os dizeres "Yoon Suk Yeol impeachment!" durante um comício à luz de velas pedindo a deposição do presidente da Coreia do Sul. (JUNG Yeon-je/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 8 de dezembro de 2024 às 11h33.
O ministro do Interior da Coreia do Sul, Lee Sang-min, apresentou pedido de demissão neste domingo, após a declaração fracassada da lei marcial que provocou uma profunda crise política no país, informou a imprensa. Lee renunciou "em um grave reconhecimento de sua responsabilidade por não servir bem aos cidadãos e ao presidente", afirmou o jornal JoongAng Ilbo.
O presidente Yoon Suk-Yeol aceitou o pedido de demissão, informou o veículo.
O principal partido da oposição anunciou que fará uma nova tentativa de aprovar o impeachment do presidente no dia 14 de dezembro, após o fracasso de uma moção de destituição submetida à votação neste sábado no Parlamento.
"Yoon (...) deve renunciar de maneira imediata ou ser acusado sem demora", declarou o líder do Partido Democrata, Lee Jae-Myung, à imprensa neste domingo.
"Em 14 de dezembro, o Partido Democrata acusará Yoon, em nome do povo", acrescentou.
O presidente sul-coreano sobreviveu à moção de impeachment graças ao boicote dos deputados de seu partido e em meio a grandes protestos massivos nas ruas. A decisão de Yoon de declarar a lei marcial na semana passada, que ele foi obrigado a revogar algumas horas depois, desencadeou uma profunda crise política no país.
Yoon e o ministro Lee estão sendo investigados por suposta insurreição.
Em fevereiro do ano passado, o Parlamento aprovou o impeachment de Sang-min, decisão que foi revertida em julho do mesmo ano pela Justiça. Para a Casa, ele deveria assumir a responsabilidade pelas vidas de 159 pessoas que morreram pisoteadas no popular bairro de Itaewon, em Seul, durante uma comemoração do Dia das Bruxas.