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Ministro da Justiça deixa o governo Macron

O líder centrista François Bayrou anunciou que tomou a decisão para preparar a defesa em uma investigação sobre seu partido

François Bayrou: ele afirmou que, como ministro de Justiça, tinha "as mãos atadas" (Philippe Wojazer/Reuters)

François Bayrou: ele afirmou que, como ministro de Justiça, tinha "as mãos atadas" (Philippe Wojazer/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de junho de 2017 às 09h53.

Última atualização em 21 de junho de 2017 às 13h34.

Paris - O até agora ministro francês de Justiça, o líder centrista François Bayrou, anunciou nesta quarta-feira que decidiu deixar o cargo para poder preparar sua defesa e não debilitar o Governo com a investigação na qual seu partido está envolvido por supostos empregos fictícios.

"Opto pela liberdade de palavra", disse em um comparecimento perante a imprensa, afirmando que a formação que preside, o MoDem, é inocente.

A justiça abriu uma investigação preliminar no dia 9 pelas suspeitas de que esse partido utilizou o dinheiro recebido pelos eurodeputados para contratar assistentes parlamentares para pagar pessoas que na realidade também trabalhavam para o partido.

"Nunca fizemos isso", disse Bayrou, que mostrou sua "absoluta confiança na Justiça "e apontou que o MoDem conta com todos os elementos para demonstrar que as suspeitas não têm fundamento.

O líder dessa formação apontou que "em uma situação normal" teria sido fácil se defender, mas como ministro de Justiça, tinha "as mãos atadas", porque qualquer declaração ou gesto poderia ser interpretado como uma tentativa de pressão.

Junto a ele, também renunciaram ao cargo a titular de Assuntos Europeus, Marielle de Sarnez, e a de Defesa, Sylvie Goulard, ambas também pertencentes ao MoDem, aliado ao partido do presidente, Emmanuel Macron, A República em Marcha (LREM), nas eleições legislativas.

O líder centrista, que volta ao seu cargo de prefeita de Pau, sublinhou que segue apoiando Macron apesar abandonar seu Governo.

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