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Ministro da Defesa britânico renuncia

A renúncia acontece após a revelação de que Liam Fox tinha um amigo trabalhando como seu assessor de maneira extraoficial em reuniões e viagens oficiais

Na carta de renúncia enviada a Cameron, Fox pediu perdão e admitiu que cometeu um erro ao ser incapaz de 'traçar uma linha clara' entre sua vida pessoal e profissional (Carl Court/AFP)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2011 às 14h57.

Londres - O ministro da Defesa do Reino Unido , Liam Fox, renunciou ao cargo nesta sexta-feira após a polêmica gerada no país pela revelação de que tinha um amigo trabalhando como seu assessor de maneira extraoficial em reuniões e viagens oficiais.

O primeiro-ministro, David Cameron, lamentou a renúncia de seu colaborador, o que o obrigará a mudar seu governo de coalizão com os liberais-democratas, mas disse 'compreender' as razões de Fox.

Segundo o agora ex-ministro, Adam Werritty, que foi seu padrinho de casamento e com quem chegou a dividir apartamento, o acompanhou em 18 viagens oficiais ao exterior e se reuniu com ele no Ministério da Defesa em 22 ocasiões sem ter nenhum cargo oficial.

Na carta de renúncia enviada a Cameron, Fox pediu perdão e admitiu que cometeu um erro ao ser incapaz de 'traçar uma linha clara' entre sua vida pessoal e profissional, cujas consequências 'foram mais evidentes' nos últimos dias.

'É com grande tristeza que renuncio ao meu posto de ministro da Defesa, um cargo que me deixou extremamente orgulhoso e honrado por ocupá-lo', afirmou Fox, da ala direita do Partido Conservador e partidário da ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, conhecida como 'Dama de Ferro'.

Fox agradeceu ao chefe de Governo e líder do Partido Conservador por seu apoio e disse que continuará a ocupar sua cadeira no parlamento de North Somerset.

Como resposta à carta de renúncia, Cameron agradeceu a Liam Fox por ter sido um colaborador próximo nos últimos seis anos e especialmente durante os 17 meses em que ocupou o cargo no Ministério da Defesa para modernizar a pasta.

Há uma semana as revelações sobre a relação de Werritty com Fox ganharam grande repercussão no Reino Unido, e a situação era considerada praticamente insustentável, apesar de Cameron ter manifestado apoio ao ministro.

Em sua edição desta sexta, o jornal 'The Daily Telegraph' revelou que Fox e Werritty estiveram no ano passado em um jantar em Washington com importantes personalidades da área da defesa cuja conta individual, de US$ 500, não foi declarada pelo Ministério.

Além disso, o jornal 'The Times' informou que uma empresa de espionagem e um fundo de investimento imobiliário com conexões sionistas foram algumas das companhias que financiaram as atividades de Werritty junto ao ministro.

Em outra ocasião, Cameron disse que Fox cometeu 'graves erros', mas havia indicado que não decidiria sobre seu futuro até receber um relatório interno sobre o caso.

Liam Fox é o segundo ministro do Governo de conservadores e liberais-democratas que renuncia desde que este foi formado, há 17 meses. O primeiro foi David Laws, principal arquiteto do acordo para a formação do governo de coalizão, que renunciou em maio de 2010 ao posto de ministro do Tesouro após a revelação de que teria recebido verbas públicas, quando era deputado, para pagar aluguel ao namorado, com quem morava. EFE

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Londres - O ministro da Defesa do Reino Unido , Liam Fox, renunciou ao cargo nesta sexta-feira após a polêmica gerada no país pela revelação de que tinha um amigo trabalhando como seu assessor de maneira extraoficial em reuniões e viagens oficiais.

O primeiro-ministro, David Cameron, lamentou a renúncia de seu colaborador, o que o obrigará a mudar seu governo de coalizão com os liberais-democratas, mas disse 'compreender' as razões de Fox.

Segundo o agora ex-ministro, Adam Werritty, que foi seu padrinho de casamento e com quem chegou a dividir apartamento, o acompanhou em 18 viagens oficiais ao exterior e se reuniu com ele no Ministério da Defesa em 22 ocasiões sem ter nenhum cargo oficial.

Na carta de renúncia enviada a Cameron, Fox pediu perdão e admitiu que cometeu um erro ao ser incapaz de 'traçar uma linha clara' entre sua vida pessoal e profissional, cujas consequências 'foram mais evidentes' nos últimos dias.

'É com grande tristeza que renuncio ao meu posto de ministro da Defesa, um cargo que me deixou extremamente orgulhoso e honrado por ocupá-lo', afirmou Fox, da ala direita do Partido Conservador e partidário da ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, conhecida como 'Dama de Ferro'.

Fox agradeceu ao chefe de Governo e líder do Partido Conservador por seu apoio e disse que continuará a ocupar sua cadeira no parlamento de North Somerset.

Como resposta à carta de renúncia, Cameron agradeceu a Liam Fox por ter sido um colaborador próximo nos últimos seis anos e especialmente durante os 17 meses em que ocupou o cargo no Ministério da Defesa para modernizar a pasta.

Há uma semana as revelações sobre a relação de Werritty com Fox ganharam grande repercussão no Reino Unido, e a situação era considerada praticamente insustentável, apesar de Cameron ter manifestado apoio ao ministro.

Em sua edição desta sexta, o jornal 'The Daily Telegraph' revelou que Fox e Werritty estiveram no ano passado em um jantar em Washington com importantes personalidades da área da defesa cuja conta individual, de US$ 500, não foi declarada pelo Ministério.

Além disso, o jornal 'The Times' informou que uma empresa de espionagem e um fundo de investimento imobiliário com conexões sionistas foram algumas das companhias que financiaram as atividades de Werritty junto ao ministro.

Em outra ocasião, Cameron disse que Fox cometeu 'graves erros', mas havia indicado que não decidiria sobre seu futuro até receber um relatório interno sobre o caso.

Liam Fox é o segundo ministro do Governo de conservadores e liberais-democratas que renuncia desde que este foi formado, há 17 meses. O primeiro foi David Laws, principal arquiteto do acordo para a formação do governo de coalizão, que renunciou em maio de 2010 ao posto de ministro do Tesouro após a revelação de que teria recebido verbas públicas, quando era deputado, para pagar aluguel ao namorado, com quem morava. EFE

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