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Ministra venezuelana abandona reunião da OEA sobre crise no país

Delcy Rodriguez criticou a pressão em cima do governo venezuelano para realizar eleições, libertar os presos políticos e tentar reescrever a constituição

Delcy Rodriguez: a ministra disse que outros membros da organização estavam considerando seguir o exemplo e se retiraram do grupo (Carlos Jasso/Reuters)

Delcy Rodriguez: a ministra disse que outros membros da organização estavam considerando seguir o exemplo e se retiraram do grupo (Carlos Jasso/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de junho de 2017 às 06h48.

A ministra de Relações Exteriores da Venezuela abandonou a reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Cancún, no México, para discutir a crise do política do país enquanto um manifestante de 17 anos era morto durante um confronto com as forças de segurança.

Os diplomatas da OEA falharam mais uma vez nesta segunda-feira em aprovar uma resolução que afastaria algumas das ações radicais do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

Estados Unidos, México, Canadá e vários países sul-americanos emitiram um comunicado expressando o "desapontamento" na votação. Faltaram 3 votos para aprovar a resolução.

A ministra venezuelana, Delcy Rodriguez, abandonou a reunião e disse que outros membros da organização estavam considerando seguir o exemplo e se retiraram do grupo, que tem colocado pressão no governo venezuelano para realizar eleições, libertar os presos políticos e tentar reescrever a constituição.

"Não apenas não reconhecemos esta reunião, como não reconhecemos qualquer resolução que saia dela", disse Rodriguez. Ela não especificou quais países estavam considerando deixar a OEA, sediada em Washington, mas a Venezuela tem recebido apoio da Bolívia, Equador e Nicarágua.

Alguns países expressaram esperanças de que estavam perto de algum tipo de pronunciamento para por um fim na crise política cada vez mais sangrenta da Venezuela, que deixou pelo menos 70 pessoas mortas e mais de 1.300 feridas. Mas a sessão especial sobre a Venezuela acabou sem nenhuma resolução aprovada.

A resolução fracassada pedia para que Maduro "reconsiderasse" um pedido para que uma assembleia reescrevesse a constituição, o que provocou uma onda de manifestações nas ruas venezuelanas contra governo de Maduro.

Enquanto a reunião acontecia, milhares de pessoas tomavam as ruas de Caracas para protestar contra Maduro. Em meio a confrontos na principal via da capital, o jovem Fabian Urbin, de 17 anos, foi morto com um tiro no peito, segundo as autoridades locais, que não deram maiores detalhes. Fonte: Associated Press.

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