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Ministra equatoriana diz que Assange segue sem acesso à internet

Fundador do Wikileaks, que está asilado na embaixada do país, teve comunicações cortadas após quebrar acordo para não fazer pronunciamentos políticos

Assange: ministra do Equador advertiu que, para seu país continua sendo "fundamental garantir a integridade da pessoa protegida" (Carl Court/Getty Images)

Assange: ministra do Equador advertiu que, para seu país continua sendo "fundamental garantir a integridade da pessoa protegida" (Carl Court/Getty Images)

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EFE

Publicado em 9 de maio de 2018 às 15h23.

A ministra equatoriana de Relações Exteriores, María Fernanda Espinosa, confirmou nesta quarta-feira que o fundador do Wikileaks Julian Assange permanece sem internet e que seguem os esforços diplomáticos e legais com o Reino Unido para encontrar uma solução.

"Atualmente, Assange segue sem acesso às redes sociais e à internet", disse a ministra em um encontro hoje em Quito com um reduzido grupo de jornalistas.

O Equador, que oferece asilo a Assange desde 2012 em sua embaixada em Londres, cortou as conexões com a internet no final de março, por causa de um pronunciamento sobre política que o Equador considerou que prejudicava suas relações exteriores.

Espinosa, que em dezembro concedeu a nacionalidade equatoriana a Assange para tentar tirá-lo do Reino Unido com passaporte diplomático, acrescentou que estão sendo feitos todos os esforços "pela via diplomática para resolver a situação e estamos fazendo em permanente diálogo com o Reino Unido" e com as "equipes de advogados".

"Estamos buscando uma saída, mas essa saída tem que estar dentro do direito internacional dos direitos humanos", lembrou a ministra.

Há alguns meses, o próprio presidente do Equador, Lenín Moreno, qualificou Assange como "uma pedra no sapato" e disse que era vontade do Equador encerrar essa situação.

Assim confirmou hoje também a ministra de Relações Exteriores, que advertiu que para seu país continua sendo "fundamental garantir a integridade da pessoa protegida".

"Eu diria que ambos países (Equador e Reino Unido) têm interesse e intenção de que isto se resolva, que haja uma saída que permita a Assange estar em uma condição melhor. Como digo, é preciso juntar vários temas para um acordo definitivo", disse a chanceler equatoriana.

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