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Ministério da Integração Nacional nega favorecimento e nepotismo

Em comunicado, pasta diz que filho do ministro teve suas emendas ao orçamento do ministério empenhadas em percentual e valor equivalente a outros 43 parlamentares

Ministro Fernando Bezerra, da Integração, refuta acusações de nepotismo e favorecimento (Antonio Cruz/ABr)

Ministro Fernando Bezerra, da Integração, refuta acusações de nepotismo e favorecimento (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2012 às 09h30.

São Paulo - O Ministério da Integração Nacional divulgou uma nota neste sábado refutando as acusações de nepotismo e favorecimento do ministro Fernando Bezerra Coelho, da Integração Nacional, na liberação de emendas parlamentares ao seu filho, o deputado federal Fernando Coelho (PSB-PE), feitas pelo Jornal Folha de S. Paulo.

O comunicado diz que “o Ministério da Integração Nacional zela pela correta distribuição das emendas parlamentares utilizando critérios em consonância com as atribuições finalísticas do ministério”, acrescentando que, em 2011, 49 parlamentares de diferentes estados e partidos tiveram mais de 95% dos empenhos efetuados.

A reportagem da Folha alega que Coelho foi o único entre os 219 colegas do Congresso que solicitaram recursos para obras da Integração a ter toda a verba solicitada - R$ 9,1 milhões, no total – liberada pelo ministério.

Segundo o comunicado do ministério, “o parlamentar teve suas emendas ao orçamento do ministério empenhadas em percentual e valor equivalente a outros 43 parlamentares, ou seja, não é correta a afirmação de que houve suposto favorecimento”.

A pasta também se posicionou sobre as acusações de nepotismo – já que os recursos solicitados pelo deputado foram destinadas a ações tocadas pela Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Paraíba), uma empresa pública presidida pelo seu tio, Clementino Coelho, irmão do ministro da Integração.

“É desconhecimento ou interpretação equivocada da lei afirmar que há caso de nepotismo na presidência da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf). Clementino de Souza Coelho ocupa o cargo de acordo com o estatuto da empresa (Decreto Federal nº 3.604, de 20 de setembro de 2000) e orientação da Controladoria-Geral da União (CGU)”, diz o comunicado. “Acrescenta-se que a Casa Civil da Presidência da República já esclareceu, em nota oficial, que o novo presidente da Codevasf foi indicado há cerca de 50 dias e aguarda o término de consultas, conforme determina a legislação, para ser nomeado.”

Currículos

Por fim, o ministério também se pronunciou quanto a denúncias de que seria um "reduto de correligionários", apresentando o currículo dos integrantes do alto escalão do ministério:

“O secretário executivo, Alexandre Navarro Garcia, é graduado em Administração pela Universidade de Brasília e especialista em Gestão Pública pela Escola Nacional de Administração Pública - ENAP. Ramon Rodrigues, secretário de Irrigação, é engenheiro agrônomo e desde 2003 faz parte da equipe do ministério.

O secretário de Infraestrutura Hídrica, Augusto Wagner Padilha, é servidor de carreira do Ministério da Ciência e Tecnologia e já possui experiência no Ministério da Integração, como diretor de gestão estratégica de 2004 a 2006 e Secretário Executivo durante o ano de 2007.

Jenner Guimarães, secretário de Fundos Regionais e Incentivos Fiscais, é funcionário de carreira do Banco do Nordeste do Brasil. O secretário de Desenvolvimento Regional, Sérgio Castro, é economista, doutor em Ciência Econômica, com experiência em Economia Regional e Urbana”.

Acerto de contas

Bezerra deve comparecer ao Congresso na próxima terça-feira para dar explicações sobre a maior destinação de recursos de sua pasta a Pernambuco, seu estado natal. A oposição já se manfestou, exigindo explicações sobre as novas denúncias.

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