Militares do Níger acusam França de tentar intervenção militar após golpe de Estado
Presidente eleito está detido e líder da Guarda Presidencial assume o poder, justificando golpe por questões de segurança
Agência de notícias
Publicado em 31 de julho de 2023 às 07h46.
Última atualização em 31 de julho de 2023 às 07h47.
Os militares do Níger que derrubaram o presidente eleito Mohamed Bazoum acusaram a França, ex-potência colonial, de querer "intervir militarmente" para levá-lo novamente ao cargo, segundo um comunicado divulgado nesta segunda-feira, 31, pela televisão estatal.
"Na sua linha de conduta, em sua busca de formas e meios para intervir militarmente no Níger, a França, com a cumplicidade de alguns nigerinos, realizou uma reunião com o Estado-Maior da Guarda Nacional do Níger para obter as autorizações políticas e militares necessárias", afirma o comunicado.
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Golpe de Estado
Bazoum está detido desde quarta-feira pelos militares no palácio presidencial. Na sexta-feira, o general Abdourahamane Tiani, líder da Guarda Presidencial, se autoproclamou o novo líder do país.
Tiani justificou o golpe pela "deterioração da situação de segurança" no país, devastado pela violência de grupos jihadistas como o Estado Islâmico e a Al-Qaeda.