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Milhares se reúnem nos 50 anos da marcha de Luther King

Eles comemoram o 50º aniversário da famosa Marcha sobre Washington na qual o reverendo Martin Luther King pronunciou seu lendário discurso "Eu tenho um sonho"


	Estátua de Martin Luther King: homenagem
 (Getty Images)

Estátua de Martin Luther King: homenagem (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2013 às 09h04.

Washington - Milhares de pessoas começaram se reunir nas imediações do monumento a Abraham Lincoln nas primeiras horas da manhã deste sábado para comemorar o 50º aniversário da famosa Marcha sobre Washington na qual o reverendo Martin Luther King pronunciou seu lendário discurso "Eu tenho um sonho".

A organização preparou fortes medidas de segurança para os acessos ao monumento perante as estimativas que mais de 100 mil pessoas participarão dos atos de hoje.

Cidadãos procedentes desde todos os cantos do país começaram a ocupar as imediações do lago artificial que se encontra aos pés da estátua de Lincoln para uma longa jornada de celebrações e reivindicações dos direitos civis nos Estados Unidos.

O filho do reverendo, Martin Luther King III, pediu perante dezenas de milhares de pessoas que continuem a luta iniciada há 50 anos pela geração de seu pai.

Luther King III, que seguiu o caminho do pai como ativista pelos direitos civis, convocou os milhares de presentes a "não dar nem um passo atrás" na busca de seus direitos e lembrou que o sonho que King disse ter há 50 anos ainda não foi realizado.

"Estou aqui neste lugar sagrado sobre as pegadas do meu pai comovido pela forte história, mas mais que isso, gosto de saber que vocês continuem sentindo sua presença, que continuam escutando sua voz... Mas este não é o momento para a comemoração nostálgica ... é tempo para continuar a tarefa", declarou.

"Não pude vir à marcha de 50 anos atrás e lamento muitíssimo, por isso venho hoje aqui. O que aconteceu ultimamente com a legislação do direito ao voto e sobre armas é demais", disse à Agência Efe Thomas Harris, procedente de Atlanta (Geórgia).


"Estamos retrocedendo. O que Martin Luther King nos ensinou é que temos que respeitar todas e cada uma das pessoas, e nesse sentido ainda falta muito a caminhar", acrescentou.

Com uma maioria arrasadora de negros, as ruas de Washington eram desde muito cedo um gotejamento incessante de pessoas que se dirigiam ao National Mall de Washington, onde há meio século se reuniram para escutar o reverendo King.

Muitos dos presentes levavam cartazes com o rosto do jovem Trayvon Martin, um adolescente negro de 17 anos que foi assassinado no ano passado na Flórida por um vigilante voluntário, que recentemente foi considerado inocente da morte do jovem.

No dia 28 de agosto de 1963, o reverendo afro-americano Martin Luther King liderou a "Marcha por Trabalho e Liberdade", que canalizou um mal-estar latente até o momento de injustiças sociais, especialmente com relação aos negros, e contribuiu para mudar a dinâmica do país nos anos seguintes.

Passados 50 anos, os EUA se encontram sob o segundo mandato do primeiro presidente negro de sua história, Barack Obama, que aproveitará a efeméride para emular, no icônico monumento a Abraham Lincoln, o reverendo King, uma de suas maiores inspirações.

No entanto, a participação de Obama nos atos comemorativos do 50º aniversário acontecerá somente na quarta-feira - data exata do aniversário da marcha -, quando o líder pronunciará um discurso junto com os ex-presidentes Bill Clinton e Jimmy Carter. EFE

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