Milhares de peregrinos xiitas se reúnem em cerimônia
Homens, mulheres e crianças, todos vestidos de preto, batendo na cabeça ou se flagelando no peito, se aglomeravam nas ruas e no mausoléu do imã Hussein
Da Redação
Publicado em 3 de dezembro de 2015 às 13h56.
Milhares de peregrinos xiitas se reuniram nesta quinta-feira para celebrar o Arbain, uma das cerimônias mais importantes do Islã xiita, na cidade santa de Kerbala, no centro do Iraque , sob um forte dispositivo de segurança.
Homens, mulheres e crianças, todos vestidos de preto, batendo na cabeça ou se flagelando no peito, se aglomeravam nas ruas e no mausoléu do imã Hussein, alguns com bandeiras pretas, vermelhas ou verdes com as imagens do imã ou com lemas religiosos.
O Arbain, uma das maiores concentrações religiosas do mundo, marca o fim dos 40 dias de luto por Hussein, venerado pelos xiitas.
O neto do profeta Maomé foi assassinado no ano 680 pelas tropas do califa omeya Yazid, durante a batalha de Kerbala.
Os peregrinos chegam do mundo inteiro, principalmente do vizinho Irã. Alguns viajam a partir de cidades muito afastadas, como Basra, 500 quilômetros mais ao sul.
Muitos fiéis marcharam vários dias antes de chegar à cidade santa xiita para participar dos rituais.
"Caminhei 12 dias para chegar a Kerbala", disse Mohamed Hussein Jasem, um fazendeiro do sul do país, elogiando a rede de solidariedade que forneceu comida aos peregrinos durante o percurso.
Segundo o governador de Kerbala, Akil al Turaihi, 20 milhões de peregrinos visitaram a cidade santa nos últimos 40 dias, o que representa, segundo ele, um recorde.
As cerimônias do Arbain se vestiram de luto várias vezes pelos ataques de grupos jihadistas sunitas. Um deles, o grupo Estado Islâmico (EI) que se apoderou de várias zonas do país, declarou guerra contra a comunidade xiita, um de seus alvos habituais.
Para prevenir possíveis atentados contra as concentrações, as autoridades da província mobilizaram 30.000 membros das forças de segurança em Kerbala e nos arredores desta cidade situada 80 km ao sul de Bagdá.
Mensagem política
A província de Kerbala, de 700.000 habitantes, faz fronteira com a de Anbar, um importante reduto dos jihadistas do EI, a quem as forças governamentais iraquianas não conseguem desalojar desta imensa província sunita na fronteira síria.
Drones iranianos sobrevoaram a cidade santa para prevenir qualquer ameaça, indicou Sahib Hamid, membro do Conselho Provincial e da importante milícia xiita Badr.
Ao menos seis pessoas morreram na segunda-feira em dois ataques separados que tinham como alvo os fiéis que chegavam a pé a Kerbala, segundo a polícia e fontes hospitalares.
"Espero que o impulso de solidariedade e de amor que prevaleceu por ocasião desta cerimônia perdure, e não apenas nestes dias onde celebramos a tragédia sofrida pelo imã Hussein", declarou Mohamed Hussein Jasem.
Este fazendeiro considerou importante, devido a esta ocasião, enviar uma mensagem às diferentes facções políticas, às quais os iranianos exigem reformas profundas.
O primeiro-ministro iraquiano, Haider Al-Abadi, consegue com dificuldade colocar em andamento reformas profundas decididas neste verão, sob a pressão das ruas e do aiatolá Ali Sistani, a maior autoridade do Islã xiita.
Milhares de peregrinos xiitas se reuniram nesta quinta-feira para celebrar o Arbain, uma das cerimônias mais importantes do Islã xiita, na cidade santa de Kerbala, no centro do Iraque , sob um forte dispositivo de segurança.
Homens, mulheres e crianças, todos vestidos de preto, batendo na cabeça ou se flagelando no peito, se aglomeravam nas ruas e no mausoléu do imã Hussein, alguns com bandeiras pretas, vermelhas ou verdes com as imagens do imã ou com lemas religiosos.
O Arbain, uma das maiores concentrações religiosas do mundo, marca o fim dos 40 dias de luto por Hussein, venerado pelos xiitas.
O neto do profeta Maomé foi assassinado no ano 680 pelas tropas do califa omeya Yazid, durante a batalha de Kerbala.
Os peregrinos chegam do mundo inteiro, principalmente do vizinho Irã. Alguns viajam a partir de cidades muito afastadas, como Basra, 500 quilômetros mais ao sul.
Muitos fiéis marcharam vários dias antes de chegar à cidade santa xiita para participar dos rituais.
"Caminhei 12 dias para chegar a Kerbala", disse Mohamed Hussein Jasem, um fazendeiro do sul do país, elogiando a rede de solidariedade que forneceu comida aos peregrinos durante o percurso.
Segundo o governador de Kerbala, Akil al Turaihi, 20 milhões de peregrinos visitaram a cidade santa nos últimos 40 dias, o que representa, segundo ele, um recorde.
As cerimônias do Arbain se vestiram de luto várias vezes pelos ataques de grupos jihadistas sunitas. Um deles, o grupo Estado Islâmico (EI) que se apoderou de várias zonas do país, declarou guerra contra a comunidade xiita, um de seus alvos habituais.
Para prevenir possíveis atentados contra as concentrações, as autoridades da província mobilizaram 30.000 membros das forças de segurança em Kerbala e nos arredores desta cidade situada 80 km ao sul de Bagdá.
Mensagem política
A província de Kerbala, de 700.000 habitantes, faz fronteira com a de Anbar, um importante reduto dos jihadistas do EI, a quem as forças governamentais iraquianas não conseguem desalojar desta imensa província sunita na fronteira síria.
Drones iranianos sobrevoaram a cidade santa para prevenir qualquer ameaça, indicou Sahib Hamid, membro do Conselho Provincial e da importante milícia xiita Badr.
Ao menos seis pessoas morreram na segunda-feira em dois ataques separados que tinham como alvo os fiéis que chegavam a pé a Kerbala, segundo a polícia e fontes hospitalares.
"Espero que o impulso de solidariedade e de amor que prevaleceu por ocasião desta cerimônia perdure, e não apenas nestes dias onde celebramos a tragédia sofrida pelo imã Hussein", declarou Mohamed Hussein Jasem.
Este fazendeiro considerou importante, devido a esta ocasião, enviar uma mensagem às diferentes facções políticas, às quais os iranianos exigem reformas profundas.
O primeiro-ministro iraquiano, Haider Al-Abadi, consegue com dificuldade colocar em andamento reformas profundas decididas neste verão, sob a pressão das ruas e do aiatolá Ali Sistani, a maior autoridade do Islã xiita.