Mídia estrangeira critica novo Código Florestal
Jornais como Financial Times, El País e a britânica BBC vêm com maus olhos aprovação do projeto que flexibiliza a legislação ambiental brasileira
Vanessa Barbosa
Publicado em 26 de maio de 2011 às 12h39.
São Paulo - A repercussão na mídia estrangeira da aprovação do projeto de reforma do Código Florestal brasileiro, de autoria do deputado Lado Rebelo (PCdoB), passou longe do elogio. Boa parte dos jornais adotou uma posição crítica quanto à possibilidade de um aumento no desmatamento por aqui, principalmente na região amazônica.
Nesta quinta (26), o espanhol El País traz uma reportagem intitulada “Brasil concede impunidade para os madeireiros na Amazônia”. O texto destaca o fato de Congresso ter aprovado uma emenda que presidente Dilma Rousseff considera uma "vergonha" para o país - a 168 que prevê a anistia aos crimes ambientais praticados até 2008.
Para o jornal, trata-se de uma vitória do setor rural sobre a ecologia. “Mais uma vez fica claro quem é que manda no Brasil quando os interesses dos fazendeiros estão em jogo”, critica. “O todo poderoso setor agropecuário brasileiro mantém sob controle a Câmara dos Deputados através de uma densa rede de apoio nos partidos majoritários, incluindo o Partido dos Trabalhadores (PT), do governo”, escreve o correspondente do El País no Brasil.
A aprovação do texto de Aldo Rebelo também foi repercutida pelo Financial Times, um dos mais importantes periódicos de economia do mundo. Na matéria “Projeto de lei florestal leva medo à Amazônia ”, publicada hoje, o jornal britânico diz que o Congresso brasileiro aprovou uma lei controversa que segundo ambientalistas irá acelerar o desmatamento da Amazônia, mas que, de acordo com ruralistas, não ameaça a produção alimentos no país.
Para a BBC, o Brasil aprovou um “código retrógado” que flexibiliza as leis ambientais e representa uma dicotomia para o desenvolvimento nacional. O correspondente do canal britânico Richard Black lembra dos desafios que o Brasil se compromoteu a alcançar nas questões relativas às alterações climáticas – como o de reduzir suas emissões em mais de um terço até 2020 e de evitar mais desmatamentos em seu território. “O desmatamento é a maior fonte de emissões do país, revertê-lo é a única forma viável do Brasil cumprir a meta”, disse.
São Paulo - A repercussão na mídia estrangeira da aprovação do projeto de reforma do Código Florestal brasileiro, de autoria do deputado Lado Rebelo (PCdoB), passou longe do elogio. Boa parte dos jornais adotou uma posição crítica quanto à possibilidade de um aumento no desmatamento por aqui, principalmente na região amazônica.
Nesta quinta (26), o espanhol El País traz uma reportagem intitulada “Brasil concede impunidade para os madeireiros na Amazônia”. O texto destaca o fato de Congresso ter aprovado uma emenda que presidente Dilma Rousseff considera uma "vergonha" para o país - a 168 que prevê a anistia aos crimes ambientais praticados até 2008.
Para o jornal, trata-se de uma vitória do setor rural sobre a ecologia. “Mais uma vez fica claro quem é que manda no Brasil quando os interesses dos fazendeiros estão em jogo”, critica. “O todo poderoso setor agropecuário brasileiro mantém sob controle a Câmara dos Deputados através de uma densa rede de apoio nos partidos majoritários, incluindo o Partido dos Trabalhadores (PT), do governo”, escreve o correspondente do El País no Brasil.
A aprovação do texto de Aldo Rebelo também foi repercutida pelo Financial Times, um dos mais importantes periódicos de economia do mundo. Na matéria “Projeto de lei florestal leva medo à Amazônia ”, publicada hoje, o jornal britânico diz que o Congresso brasileiro aprovou uma lei controversa que segundo ambientalistas irá acelerar o desmatamento da Amazônia, mas que, de acordo com ruralistas, não ameaça a produção alimentos no país.
Para a BBC, o Brasil aprovou um “código retrógado” que flexibiliza as leis ambientais e representa uma dicotomia para o desenvolvimento nacional. O correspondente do canal britânico Richard Black lembra dos desafios que o Brasil se compromoteu a alcançar nas questões relativas às alterações climáticas – como o de reduzir suas emissões em mais de um terço até 2020 e de evitar mais desmatamentos em seu território. “O desmatamento é a maior fonte de emissões do país, revertê-lo é a única forma viável do Brasil cumprir a meta”, disse.