Metade da população síria está na miséria
Segundo estudo da ONU, 7,9 milhões empobreceram desde o início do conflito
Da Redação
Publicado em 25 de outubro de 2013 às 17h30.
Damasco - A guerra que devasta a Síria destruiu os meios de subsistência e levou ao colapso da economia, mergulhando na pobreza mais da metade da população, de acordo com um estudo encomendado pela ONU .
"Mais da metade da população vive na pobreza, com 7,9 milhões de pessoas que empobreceram desde o início da crise. Entre elas, 4,4 milhões estão em situação de extrema pobreza", diz o relatório que acaba de ser publicado.
O desemprego atingiu 48%, o sistema de educação é "desastroso", com 49% das crianças que abandonaram a escola, e o sistema de saúde está passando por um "grande colapso".
Milhões de pessoas fugiram de suas casas; mais de dois milhões, de seu país. Isso deve fazer dos sírios a maior população de refugiados do mundo até o final de 2013.
O PIB sofreu uma "queda dramática", com uma "contração de 34,4%" no primeiro trimestre de 2013 e 39,6% no segundo, em comparação com 2012.
"A economia síria sofre com a desindustrialização maciça, devido ao fechamento de empresas, falências, evasão fiscal, saques e destruição", observa o relatório.
Até o segundo trimestre de 2013, a economia havia perdido 103 bilhões de dólares, o equivalente a 147% do PIB em 2010.
O investimento e o consumo, público e privado, têm registrado uma contração, enquanto cresce a "economia informal" e o crime, o que terá "consequências graves para a economia no pós-guerra", adverte o estudo.
"Cada vez mais, os empresários operam em mercados caracterizados pela violência, onde extorsão, contrabando e crime (...) colocam em perigo aqueles que fazem negócios de forma legal" assegura o estudo.
O desaparecimento de postos de trabalho e o "estado de caos" levam algumas pessoas a recorrer ao contrabando, a sequestros e a saques para sobreviver, principalmente nas áreas de fronteira e em zonas de combate.
Diante da fuga da mão de obra e do capital, a economia agora tem a estrutura de um país subdesenvolvido: a agricultura é responsável por 54% do PIB, com "uma proporção sem precedentes".
Este estudo foi encomendado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) ao Centro Sírio de Pesquisa Política, com sede em Damasco.
Damasco - A guerra que devasta a Síria destruiu os meios de subsistência e levou ao colapso da economia, mergulhando na pobreza mais da metade da população, de acordo com um estudo encomendado pela ONU .
"Mais da metade da população vive na pobreza, com 7,9 milhões de pessoas que empobreceram desde o início da crise. Entre elas, 4,4 milhões estão em situação de extrema pobreza", diz o relatório que acaba de ser publicado.
O desemprego atingiu 48%, o sistema de educação é "desastroso", com 49% das crianças que abandonaram a escola, e o sistema de saúde está passando por um "grande colapso".
Milhões de pessoas fugiram de suas casas; mais de dois milhões, de seu país. Isso deve fazer dos sírios a maior população de refugiados do mundo até o final de 2013.
O PIB sofreu uma "queda dramática", com uma "contração de 34,4%" no primeiro trimestre de 2013 e 39,6% no segundo, em comparação com 2012.
"A economia síria sofre com a desindustrialização maciça, devido ao fechamento de empresas, falências, evasão fiscal, saques e destruição", observa o relatório.
Até o segundo trimestre de 2013, a economia havia perdido 103 bilhões de dólares, o equivalente a 147% do PIB em 2010.
O investimento e o consumo, público e privado, têm registrado uma contração, enquanto cresce a "economia informal" e o crime, o que terá "consequências graves para a economia no pós-guerra", adverte o estudo.
"Cada vez mais, os empresários operam em mercados caracterizados pela violência, onde extorsão, contrabando e crime (...) colocam em perigo aqueles que fazem negócios de forma legal" assegura o estudo.
O desaparecimento de postos de trabalho e o "estado de caos" levam algumas pessoas a recorrer ao contrabando, a sequestros e a saques para sobreviver, principalmente nas áreas de fronteira e em zonas de combate.
Diante da fuga da mão de obra e do capital, a economia agora tem a estrutura de um país subdesenvolvido: a agricultura é responsável por 54% do PIB, com "uma proporção sem precedentes".
Este estudo foi encomendado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) ao Centro Sírio de Pesquisa Política, com sede em Damasco.