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Merkel pede que Turquia abandone referências nazistas

O presidente turco está trabalhando para conquistar os votos de compatriotas no exterior em um referendo que aumentaria seus poderes

Merkel: "Às muitas pessoas com raízes turcas que são cidadãs alemãs ou moram aqui há muito tempo, digo: vocês são parte do país" (Hannibal Hanschke/Reuters)

Merkel: "Às muitas pessoas com raízes turcas que são cidadãs alemãs ou moram aqui há muito tempo, digo: vocês são parte do país" (Hannibal Hanschke/Reuters)

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Reuters

Publicado em 9 de março de 2017 às 17h10.

Berlim/Istambul - A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, pediu à Turquia que pare de invocar o passado nazista de Berlim ao criticar o cancelamento de eventos de ministros turcos em território alemão, e disse que fará todo o possível para evitar que os conflitos internos turcos se façam sentir em seu país.

O presidente turco, Tayyip Erdogan, que sobreviveu a uma tentativa de golpe de Estado do Exército em julho, está trabalhando para conquistar os votos de compatriotas no exterior em um referendo marcado para 16 de abril que aumentaria seus poderes.

Mas o envio de ministros para comunidades às vezes divididas está causando apreensão na Europa.

"Às muitas pessoas com raízes turcas que são cidadãs alemãs ou moram aqui há muito tempo, digo: vocês são parte do país", afirmou Merkel nesta quinta-feira.

"Queremos fazer tudo que pudermos para evitar que possíveis conflitos internos turcos se transfiram para esta vida juntos (aqui)".

"Deixem-nos apoiar nosso modo de vida juntos e até melhorá-lo onde possível. Esta é uma questão do coração".

Mas alguns foram mais duros do que a chanceler. Andreas Scheuer, líder do partido bávaro aliado CSU, disse que "o ativista Erdogan e seus comparsas" não são bem-vindos na Alemanha.

A rixa a respeito dos cancelamentos se misturou a outros focos de tensão entre Ancara e seus aliados na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

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