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Merkel: os que pressionam a Europa devem aceitar imposto

Vários membros do G20, como Brasil e Japão, são favoráveis à criação desta taxa sobre transações, mas Estados Unidos e China são contrários

A chanceler alemã acrescentou que deseja discutir com o G20 sobre "a regulamentação dos mercados financeiros e dos bancos com riscos sistêmicos" (Johannes Eisele/AFP)

A chanceler alemã acrescentou que deseja discutir com o G20 sobre "a regulamentação dos mercados financeiros e dos bancos com riscos sistêmicos" (Johannes Eisele/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2011 às 09h32.

Frankfurt - A chanceler alemã, Angela Merkel, pediu aos países que gostam de dar lições para resolver a crise financeira da Europa que não descartem uma taxação sobre as transações financeiras, em uma referência particular aos Estados Unidos.

"Não é possível que aqueles que, fora da Eurozona, pedem continuamente que atuemos contra a crise, rejeitem, ao mesmo tempo, a introdução de uma taxação sobre as transações financeira", declarou Merkel em um discurso no congresso do poderoso sindicato IG Metall em Karlsruhe (sul da Alemanha).

Vários membros do G20, como Brasil e Japão, são favoráveis à criação desta taxa, mas Estados Unidos e China são contrários.

Os países europeus também não estão de acordo, já que apenas cinco dos 27 membros da União Europeia (UE) se pronunciaram a favor até agora.

Merkel acrescentou que deseja discutir com o G20 sobre "a regulamentação dos mercados financeiros e dos bancos com riscos sistêmicos", durante um discurso no congresso do poderoso sindicato IG Metall em Karlsruhe (sul da Alemanha).

Entre as prioridades alemãs para a reunião de cúpula do G20, que acontecerá nos dias 3 e 4 de novembro em Cannes, sul da França, a chanceler destacou "a regulamentação dos mercados financeiros e dos bancos com riscos sistêmicos", o que no último caso, segundo ela, já aconteceu na Alemanha.

Para resolver a crise na Eurozona, Merkel afirmou que uma quitação da dívida grega só aconteceria para evitar o pior e permitir ao país uma reforma para melhorar a competitividade.

Também repetiu a oposição à emissão de Eurobônus (Eurobonds), "que não serão um milagre e aumentariam os juros para o refinanciamento da Alemanha".

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