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Merkel defende alianças com UE e EUA e rejeita isolamento

Chefe de governo alemã reconheceu que o atual panorama internacional e nacional é mais complicado que o de alguns anos atrás

Merkel deixou claro que a Alemanha "não pode resolver sozinha os problemas do mundo" (AFP)
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EFE

Publicado em 23 de novembro de 2016 às 09h28.

Berlim - A chanceler da Alemanha , Angela Merkel, rejeitou nesta quarta-feira os populismos que respondem com soluções fáceis problemas globais e complicados, e garantiu que a Alemanha não se fechará em si mesma e defenderá os valores da economia social de mercado e da justiça social com seus aliados, a União Europeia e os Estados Unidos.

Em discurso diante do plenário do parlamento em seu primeiro comparecimento público após anunciar que, no próximo ano, voltará a concorrer para um novo mandato, Merkel deixou claro que a Alemanha "não pode resolver sozinha os problemas do mundo", mas garantiu que contribuirá para isso.

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Merkel apostou no multilateralismo, elogiou o acordo de livre-comércio com o Canadá e admitiu que não estava "contente" com a decisão do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, de retirar seu país do Acordo de Associação Transpacífico (TPP), uma decisão que, na opinião da chanceler, não beneficiará ninguém.

A chefe de governo alemã reconheceu que o atual panorama internacional e nacional é mais complicado que o de alguns anos atrás e assumiu que compreende o medo dos cidadãos quando princípios que eram óbvios nas sociedades democráticas ocidentais passam a ser questionados, por isso reiterou a necessidade de que as pessoas se mostrem unidas frente aos populismos.

E, além disso, a chanceler alemã destacou a importância de combater as mensagens e informações manipuladas e falsas que são disseminadas pela internet.

Contra aqueles que usam os medos dos cidadãos para se promoverem, Merkel lembrou a positiva evolução econômica do país nos últimos anos e o aumento nas contribuições sociais e previdência.

A chanceler lembrou também a "incrível" resposta internacional para a catástrofe da Segunda Guerra Mundial, com a criação das Nações Unidas e da Convenção de Direitos Humanos, e defendeu a continuidade desse caminho para "dotar de humanidade a globalização".

Durante a presidência rotativa do G20, que a Alemanha assume em dezembro, Merkel pretende continuar com os avanços na transparência dos mercados financeiros internacionais e no desenvolvimento do continente africano, que será uma das prioridades de Berlim.

No âmbito da UE, a chanceler reconheceu a necessidade de lutar contra a falta de credibilidade do bloco e de acelerar os processos de tomada de decisões.

Para Merkel, é preciso assumir que já não é possível traçar uma linha que separe a política interna da externa e que a segurança, o bem-estar e a prosperidade dos cidadãos de cada país dependem das relações internacionais.

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