Mercado “verde” global vai triplicar até 2020
Países em desenvolvimento com abundantes recursos renováveis estão bem posicionados para capitalizar as oportunidades, indica relatório do Pnuma
Vanessa Barbosa
Publicado em 9 de maio de 2013 às 16h23.
São Paulo – O mercado global de baixo carbono e tecnologias de eficiência energética vai triplicar até 2020, atingindo US$ 2,2 trilhões, segundo previsões de um novo relatório do Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas, o Pnuma.
Intitulado "Economia e Comércio Verde: Tendência, Desafio e Oportunidade", o estudo destaca que a transição para uma economia verde é um passo fundamental para alcançar o desenvolvimento sustentável, e que os países em desenvolvimento são agentes-chave para catalisar essa mudança.
Com abundantes recursos renováveis, eles estão bem posicionados para capitalizar as oportunidades e aumentar sua participação no mercado internacional de bens e serviços sustentáveis.
Mas para que isso aconteça, o relatório assinala que são necessários investimentos públicos em infraestrutura específica, assistência técnica, educação orientada e programas de capacitação.
O relatório recomenda, ainda, a eliminação dos subsídios que incentivam práticas insustentáveis de produção, consumo e comércio, e o estabelecimento de políticas de preços que levem em conta os custos ambientais e sociais reais de produção e consumo.
No campo das oportunidades, o estudo identifica seis setores com as maiores oportunidades comerciais verdes: agricultura, pesca, florestas, indústria, energia renovável e turismo.
O mercado global de alimentos e bebidas orgânicas, por exemplo, está projetado para crescer dos 6,2 billhões de dólares em 2011 para 10,5 bilhões de dólares em 2015.