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Melania, Laura Bush, Clinton: separar mães e filhos é imoral, Trump

Até a primeira-dama Melania Trump condena a separação de mais de 2.000 crianças de seus pais ao ser capturados tentando entrar ilegalmente nos EUA

Protesto em Los Angeles: em comunicado, Melania Trump afirmou que "precisamos ser um país que segue todas as leis, mas também um país que governa com o coração" (Patrick T. Fallon/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2018 às 06h50.

Última atualização em 19 de junho de 2018 às 12h44.

Acostumados a ficar de lados opostos em questões sociais, congressistas democratas e republicanos devem fazer juntos pressão nos próximos dias para que o presidente Donald Trump reveja uma das mais polêmicas medidas humanitárias de seu governo. Neste domingo, juristas republicanos, a ex-primeira Dama Laura Bush e até a primeira-dama Melania Trump se uniram a democratas ao condenar a separação de mais de 2.000 crianças de seus pais ao ser capturados tentando entrar ilegalmente na fronteira americana.

Segundo o governo, Trump está apenas cumprindo a lei, numa medida extrema que, aparentemente, tem como objetivo dissuadir futuras famílias de tentar entrar ilegalmente pela fronteira mexicana. As crianças são mantidas em abrigos improvisados que incluem até uma loja da rede varejista Walmart, segundo o jornal The New York Times. A política de “tolerância zero” começou a ser adotada há cerca de seis semanas.

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Em um comunicado, Melania afirmou que “odeia ver crianças separadas de suas famílias e espera que os dois lados possam trabalhar juntos”. Disse ainda que “acredita que precisamos ser um país que segue todas as leis, mas também um país que governa com o coração”. Laura Bush, por sua vez, escreveu um artigo para o jornal Washington Post. “Eu aprovo a necessidade de reforçar e proteger nossas fronteiras, mas essa política de tolerância zero é cruel. É imoral. E quebra meu coração”.

Michael Hayden, ex-diretor da CIA na gestão de George W. Bush, chegou a postar uma foto de um campo de concentração nazista, afirmando que “outros governos separaram mães de seus filhos”. O ex-presidente democrata Bill Clinton acusou a gestão Trump de usar o método como estratégia política para conseguir que democratas votem leis de imigração favoráveis aos republicanos. “Essas crianças não deveriam ser uma ferramenta de negociação”, escreveu no Twitter.

Trump deve se encontrar com representantes republicanos do Congresso na terça-feira para discutir as novas leis de imigração, que dividem o partido. O republicano Paul Ryan, presidente da Câmara, pretende colocar em pauta projetos de imigração defendidos pelos moderados. Entre eles está uma lei para legalizar os dreamers (imigrantes que chegaram criança ao país) em troca de recursos de 23 bilhões de dólares para o polêmico muro na fronteira com o México.

Proibir a separação de famílias não está na pauta para a semana, mas é um tema que vem sendo defendido por congressistas democratas.

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