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Mediador Brahimi vai "aperfeiçoar" plano Annan

"Haverá novas ideias e medidas para a crise, porque a Síria só encontrará uma solução por um acordo árabe, regional e internacional", afirmou Hassan Abdel Azim

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2012 às 17h12.

Damasco - O mediador internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi, vai "aperfeiçoar" o plano de paz de seu antecessor, Kofi Annan, para torná-lo mais operacional, indicaram nesta sexta-feira em Damasco membros da oposição interna, tolerada pelo regime.

"O Plano Annan será aperfeiçoado. Haverá novas ideias e medidas para a crise, porque a Síria só encontrará uma solução por um acordo árabe, regional e internacional", afirmou Hassan Abdel Azim, porta-voz do Comitê de Coordenação para a Mudança Nacional e Democrática (CCCND), após reunião com o diplomata argelino em Damasco.

O CCCND reúne partidos nacionalistas árabes, curdos, socialistas e marxistas.

"Nós demos a Brahimi, qua atua a serviço da Liga Árabe e da ONU, o nosso apoio a seus esforços para resolver a crise, acabando com a violência e com os assassinatos, assegurando a prestação de cuidados médicos (aos feridos) e libertando presos políticos, como medidas de antecipação a uma fase de transição", em conformidade com o acordo de Genebra concluído em junho.

Este acordo estabelece os princípios para a transição na Síria, mas sem exigir a saída do presidente Bashar al-Assad.

Abdel Azim pediu "um compromisso", dizendo que Brahimi iria "ouvir a oposição e os funcionários e cristalizaria as ideias e um plano que pode ter êxito".


Uma delegação do CCCND deve ir sábado à China, aliada do regime, antes de participar em 23 de setembro de uma conferência em Damasco com 20 organizações hostis tanto ao regime quanto à oposição armada.

Segundo Abdel Azim, a delegação do CCCND vai pedir a Pequim para "pressionar o regime para conter a violência, retirar os tanques (das ruas), libertar os detentos e permitir protestos pacíficos".

"É o regime que possui a principal força", disse, considerando que, "em seguida, as outras partes armadas vão pôr fim à violência".

"É a violência do regime e a solução militar e de segurança (que ele adotou) que têm gerado violência, grupos extremistas e grupos criminosos", disse Abdel Azim.

Brahimi, que deve se reunir no sábado com Assad, encontrou na quinta-feira, logo após sua chegada a Damasco, o chanceler Walid Mouallem.

Mouallem garantiu "cooperação integral da Síria para que cumpra sua missão", segundo a agência de notícias oficial Sana. Ele considerou que qualquer iniciativa para resolver a crise deve permanecer "longe de qualquer intervenção estrangeira".

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