May classifica de "barbárie" suposto ataque químico na Síria
A primeira-ministra do Reino Unido acrescentou, ainda, que o país está estudando com seus aliados que medidas tomar
EFE
Publicado em 9 de abril de 2018 às 12h39.
Copenhague - A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May , rotulou nesta segunda-feira de "barbárie" o suposto ataque com armas químicas cometido no sábado na cidade de Douma, o último reduto rebelde nos arredores de Damasco, a capital da Síria, e pediu responsabilidades.
"Estamos investigando o que aconteceu na Síria. Se foi um ataque químico, como indicam os primeiros relatórios, será um novo exemplo da brutalidade do regime de Assad", afirmou a premiê em entrevista coletiva conjunta com o chefe de governo dinamarquês, Lars Loekke Rasmussen.
May se disse "horrorizada" pelas imagens do suposto ataque e assegurou que o Reino Unido está estudando com seus aliados que medidas tomar e que, se o ataque químico for confirmado, seu país e seus aliados garantirão "que os culpados assumam suas responsabilidades".
O governo britânico já tinha reivindicado horas antes em comunicado oficial uma investigação "urgente" e exigiu que os supostos autores sejam responsabilizados.
O ataque foi denunciado pela Defesa Civil Síria, um grupo criado por uma ONG britânica que só opera em áreas rebeldes, mas o governo sírio negou e especialistas russos e do Crescente Vermelho asseguram que não encontraram vestígios de substâncias químicas em Douma.
Uma hipotética resposta contra o regime sírio deveria incluir também os países que o apoiam, acrescentou May em Copenhague, em alusão à Rússia, a quem voltou a culpar de estar por trás do envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha em Salisbury, no sul da Inglaterra.
Ao ser questionada sobre as provas para acusar a Rússia pelo envenenaemto, a chefe de governo britânica reiterou que especialistas de seu país confirmaram que o gás utilizado é o "Novichok" e que o mesmo é de fabricação russa.
"Só a Rússia tem capacidade, intenção e motivo para cometer um ataque assim. E essa explicação foi aceita pelo Conselho da Europa e pelos países-membros da União Europeia. Não há outra alternativa plausível", afirmou May.