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Matar em nome de Deus é sacrilégio, diz papa

O papa Francisco disse que matar em nome de Deus é um sacrilégio e condenou o uso da entidade como escudo


	Papa Francisco: "ninguém pode usar o nome de Deus para cometer violência"
 (Alberto Pizzoli/AFP)

Papa Francisco: "ninguém pode usar o nome de Deus para cometer violência" (Alberto Pizzoli/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2014 às 12h16.

Tirana - Em sua rápida visita à Albânia, a quarta viagem de seu pontificado, o papa Francisco condenou neste domingo (21) aqueles que usam "Deus como escudo" e disse que "matar em nome de Deus é um sacrilégio"

"Ninguém pode usar o nome de Deus para cometer violência. Matar em nome de Deus é um grande sacrilégio. Discriminar em nome de Deus é desumano. Ninguém pode pensar em usar Deus como escudo enquanto planeja e executa atos de violência e de sofrimento", disse o pontífice.

Jorge Mario Bergoglio usou o próprio país como exemplo de convivência pacífica enquanto "em nosso tempo de grupos extremistas deturpam o verdadeiro sentido da religião" e destacou que "a religião autêntica é fonte de paz e não de violência".

O líder da Igreja Católica afirmou que "está muito feliz de estar na nobre terra da Albânia, terra de heróis que sacrificaram a vida pela independência do país e terra de mártires que testemunharam sua fé em tempos difíceis de perseguição".

O papa realizou uma missa para cerca de "250 mil pessoas", segundo o porta-voz do Vaticano, Pietro Parolin. Ainda de acordo com ele, "muitos muçulmanos" estavam presentes na celebração.

E aproveitou para ressaltar as qualidades do povo do país e fez um apelo aos jovens.

Ele pediu para que eles "saibam dizer não à idolatria do dinheiro, não à falsa liberdade individualista, não à dependência e não à violência".

Ele pediu para que os jovens "digam sim à cultura do encontro e da solidariedade".

O pontífice voltou a destacar os mártires do país.

"Quantos cristãos não se curvaram diante das ameaças, mas continuaram sem hesitação na estrada que escolheram", disse Francisco ressaltando novamente que "a pacífica e frutuosa convivência entre pessoas e comunidades pertencentes à religiões diversas é possível e praticável e um bem inestimável para a paz e para o desenvolvimento harmonioso de um povo".

Nas vias que levavam ao local de celebração da missa, a Praça Madre Teresa, foram fixadas as imagens dos 40 mártires albaneses mortos pela fé. Cerca de 15% da população do país é católica, sendo a maioria muçulmana.

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