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Mata Atlântica deve ampliar áreas de preservação

Fundo de Restauração incluirá ainda a elaboração de um inventário para contabilizar a biodiversidade

Reserva de Mata Atlântica: Brasil mantém bem conservadas apenas 7% da cobertura original (Roberto Loffel/Veja SP)

Reserva de Mata Atlântica: Brasil mantém bem conservadas apenas 7% da cobertura original (Roberto Loffel/Veja SP)

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Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2011 às 13h51.

Curitiba – O Fundo de Restauração da Mata Atlântica, que será implantado pelo Ministério do Meio Ambiente, deve incluir ações como a ampliação das áreas de preservação permanente (APPs) do bioma e a elaboração de um inventário para contabilizar a biodiversidade. O fundo servirá de subsídio para os planos municipais de restauração do bioma. De acordo com o diretor do Departamento de Florestas do Ministério do Meio Ambiente, João de Deus Medeiros, que participou da Semana da Mata Atlântica 2011, em Curitiba, o governo tem o compromisso de gerenciar bem essa ecorregião, considerada a mais ameaçada do continente americano.

Painéis expostos no evento mostram que o Brasil mantém bem conservadas apenas 7% da cobertura original da Mata Atlântica. Há ainda 27% de áreas remanescentes em diferentes estágios de conservação. No Paraná, a Mata Atlântica representa 14% do território.

Ambientalistas presentes ao evento criticaram a aprovação, pela Câmara dos Deputados, do Código Florestal nesta semana.

“Temos o receio de que as alterações feitas no Código Florestal resultem no descumprimento de compromissos estabelecidos pelo país nas convenções da Diversidade Biológica (CDB) e do Clima. Assumimos o compromisso de recuperar grandes áreas dos ecossistemas terrestre e marinho”, afirmou o presidente do Conselho Nacional de Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, Cleiton Lino.

Ele destacou ainda a importância de o Brasil ser uma referência mundial no assunto por causa da aproximação da Rio+20, evento da Organização das Nações Unidas (ONU) que será realizado no país no próximo ano.

Entre os ambientalistas, há o consenso de que a aprovação do Código Florestal, do jeito que está, será “um retrocesso e uma incoerência”, tendo em vista os acordos internacionais já firmados.

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