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Marta, Barretto e Novais: 3 ministros do Turismo que não viram nada?

Operação da Polícia Federal prende funcionários que estavam há anos no Ministério do Turismo

Marta Suplicy levou Mário Moysés para o Ministério do Turismo em 2007 (Mario Rodrigues/Divuldação/Veja SP)

Marta Suplicy levou Mário Moysés para o Ministério do Turismo em 2007 (Mario Rodrigues/Divuldação/Veja SP)

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Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2011 às 16h47.

São Paulo - A lista de presos pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (9) tem nomes de funcionários que estão há anos no Ministério do Turismo.

Os agentes da PF tentam acabar com um esquema de desvio de recursos que, em tese, deveriam ser destinados a um programa de qualificação profissional no Amapá. No total, mais de R$ 4 milhões podem ter desaparecido.

O convênio foi firmado em 2009, mas algumas das pessoas detidas estão na pasta há mais tempo.

Atualmente, no comando do ministério, está Pedro Novais (PMDB), que é afilhado de José Sarney. Os dois ministros anteriores, Luiz Barretto e Marta Suplicy, são petistas.

Entre os 38 nomes com pedido de prisão decretado, há pelo menos três graúdos:

Frederico Silva da Costa é o secretário-executivo do Ministério do Turismo desde o início do ano, após ser promovido pelo atual ministro Pedro Novais. Ele está no órgão desde 2003, primeiro ano do governo Lula, quando a pasta foi criada. Já foi secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, órgão responsável pelo convênio que é alvo das investigações.

Mário Augusto Lopes Moysés foi presidente da Embratur entre janeiro e junho de 2011 na gestão atual do ministro Pedro Novaes. Antes, entre novembro de 2008 e 2010, ocupou o cargo de secretário-executivo do então ministro Luiz Barretto. Sua entrada na pasta aconteceu em março de 2007, quando Moysés foi nomeado chefe de gabinete da então ministra Marta Suplicy.

Colbert Martins da Silva Filho já foi deputado federal três vezes pelo PMDB e atualmente é o secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, órgão responsável pelo convênio que é alvo das investigações.

A operação Voucher da Polícia Federal não cita o nome dos (ex) ministros, mas fica a pergunta: nenhum deles sabia de nada?

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