A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, durante um dos debates de eleitoráveis na TV (Claudio Gatti/Veja)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
São Paulo - A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, criticou hoje (8) a defesa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez ontem (7), no horário eleitoral gratuito, em favor de Dilma Rousseff, isentando a concorrente petista de ter tido qualquer participação no episódio da quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas aos tucanos.
Na avaliação de Marina, esse comportamento não contribui para elevar o nível de discussão política. "Relevar o fato é levar o fato para o terreno político", disse Marina Silva. Ela classificou como grave a quebra de sigilo e voltou a cobrar maior empenho do governo federal na apuração do caso, justificando que é necessário "punir e dar uma satisfação ao contribuinte".
Essas declarações foram feitas na sede da Fundação Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos), na capital paulista, após a candidata assinar o Termo de Compromisso Presidente Amigo da Criança, documento em que se compromete, caso eleita, a desenvolver programas de governo de melhoria do ensino público e de outras ações visando à proteção das crianças. O mesmo documento já foi assinado pelos concorrentes do PSDB, José Serra, e do PT, Dilma Rousseff.
Marina Silva defendeu novamente uma maior fatia de recursos financeiros para a educação, com a elevação dos atuais 5% para 7% de participação no Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas produzidas no país. Para ela, muitas crianças e adolescentes estão recebendo ensino inadequado, porque existem falhas na formação dos professores.
Para melhorar esse quadro, na opinião da candidata, além de elevar a qualidade dos docentes é necessário criar programas extracurriculares, com atividades como passeios pedagógicos, visitas a museus e bibliotecas, e combinar essas medidas com outras políticas públicas, entre as quais obras de saneamento básico, combate ao tráfico de drogas e de armas e acolhimento dos menores cujos os pais ou responsáveis estão despreparados para a formação educacional.
Hoje à tarde, Marina Silva permanece na cidade de São Paulo, mas sem agenda de campanha. À noite participará do debate promovido pela TV Gazeta.
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