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Marina cobra mudança no texto do Código Florestal

Marina cobrou responsabilidade da base do governo no Senado para que não referende as mudanças na legislação aprovadas pela Câmara em maio

Marina Silva: do interior do Acre para candidata a presidência da Reública (Lailson dos Santos/Veja)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2011 às 19h11.

Rio - A ex-ministra do Meio Ambiente e candidata derrotada do PV à Presidência, Marina Silva (sem partido), alertou hoje sobre a situação delicada da presidente Dilma Rousseff em relação ao novo Código Florestal. No lançamento do Comitê Rio em Defesa das Florestas, Marina cobrou responsabilidade da base do governo no Senado para que não referende as mudanças na legislação aprovadas pela Câmara em maio. Segundo a ex-ministra, a manutenção do texto do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) forçará a presidente a vetar o projeto.

"Se não mudarem esse texto, nós vamos ter que fazer uma campanha para que a presidente vete. Ela prometeu no segundo turno (da campanha eleitoral) que vetaria qualquer projeto que signifique aumento de desmatamento e anistia para desmatadores", argumentou Marina. "Se não vetar, vai ficar contra os 80% da população que, segundo pesquisa Datafolha, não quer esse texto. Se ela vetar, vai ficar contra 80% do Congresso Nacional, que votou esse texto. É uma situação difícil", atestou a ex-ministra.

Marina ainda fez analogia entre o movimento contra a corrupção, que promoveu protestos em diversas cidades do País durante o feriado da Independência, e a luta contra as mudanças no Código Florestal. "Se é desvio de dinheiro público, a população entende e se mobiliza. Mas quando se trata de desvios no patrimônio público natural, é mais difícil para as pessoas entenderem", afirmou a ex-ministra. "Esse evento tem um caráter pedagógico. Vamos somar para dar um basta àquilo que é desvio de dinheiro e patrimônio públicos. Tanto financeiros quanto dos recursos naturais".


Sucessor de Marina no Ministério do Meio Ambiente e atual secretário de Estado de Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc citou três pontos do novo código florestal que os ambientalistas consideram mais preocupantes: anistia irrestrita para os desmatadores, descentralização para que os Estados possam criar seus próprios códigos florestais e autorização para que os topos dos morros e encostas sejam ocupados para atividades econômicas, como pecuária.

"Estive no Senado para um debate com ex-ministros e uns 30 senadores. O clima lá é muito melhor do que na Câmara. Isso não significa que vai sair de lá um texto maravilhoso. A nossa ideia é reduzir o dano", explicou Minc. "Além disso, a presidenta Dilma manteve o compromisso conosco de vetar aqueles pontos que representassem anistia total para o desmatador ilegal e os pontos que estabeleçam a redução das reservas legais ou áreas de proteção permanente", disse o ex-ministro.

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"Se não mudarem esse texto, nós vamos ter que fazer uma campanha para que a presidente vete. Ela prometeu no segundo turno (da campanha eleitoral) que vetaria qualquer projeto que signifique aumento de desmatamento e anistia para desmatadores", argumentou Marina. "Se não vetar, vai ficar contra os 80% da população que, segundo pesquisa Datafolha, não quer esse texto. Se ela vetar, vai ficar contra 80% do Congresso Nacional, que votou esse texto. É uma situação difícil", atestou a ex-ministra.

Marina ainda fez analogia entre o movimento contra a corrupção, que promoveu protestos em diversas cidades do País durante o feriado da Independência, e a luta contra as mudanças no Código Florestal. "Se é desvio de dinheiro público, a população entende e se mobiliza. Mas quando se trata de desvios no patrimônio público natural, é mais difícil para as pessoas entenderem", afirmou a ex-ministra. "Esse evento tem um caráter pedagógico. Vamos somar para dar um basta àquilo que é desvio de dinheiro e patrimônio públicos. Tanto financeiros quanto dos recursos naturais".


Sucessor de Marina no Ministério do Meio Ambiente e atual secretário de Estado de Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc citou três pontos do novo código florestal que os ambientalistas consideram mais preocupantes: anistia irrestrita para os desmatadores, descentralização para que os Estados possam criar seus próprios códigos florestais e autorização para que os topos dos morros e encostas sejam ocupados para atividades econômicas, como pecuária.

"Estive no Senado para um debate com ex-ministros e uns 30 senadores. O clima lá é muito melhor do que na Câmara. Isso não significa que vai sair de lá um texto maravilhoso. A nossa ideia é reduzir o dano", explicou Minc. "Além disso, a presidenta Dilma manteve o compromisso conosco de vetar aqueles pontos que representassem anistia total para o desmatador ilegal e os pontos que estabeleçam a redução das reservas legais ou áreas de proteção permanente", disse o ex-ministro.

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