É preciso mostrar que a comunidade LGBT está presente e que não deixaremos de lutar, disse um manifestante (Ammar Awad/Reuters)
EFE
Publicado em 2 de agosto de 2018 às 14h13.
Última atualização em 2 de agosto de 2018 às 14h18.
Jerusalém - A Marcha do Orgulho LGBT, que deve ser a maior na história de Jerusalém, começou nesta quinta-feira em um ambiente festivo, mas com distúrbios entre um grupo de extrema-direita anti-gay e as forças de segurança, informou a polícia de Israel.
A passeata começou com duas horas de atraso e cercada de um forte dispositivo de segurança no Parque do Sino da Liberdade, onde, nos primeiros momentos da concentração, o grupo de extrema-direita Lehava enfrentou a polícia e quatro de seus integrantes foram detidos.
Antes do início da manifestação, dois serviços funerários foram realizados por Nir Katz, que foi assassinado no clube Barnoar em Tel Aviv em 2009, e Shira Banki, assassinada durante a Marcha do Orgulho LGBT de Jerusalém há três anos.
"Jerusalém é a capital de Israel, aqui deve estar todo o país representado e precisamente este é o lugar no qual é preciso mostrar que a comunidade LGBT está presente e que não deixaremos de lutar, para fazer um mundo melhor para todos, sem importar a orientação sexual", disse à Agência Efe um dos presentes na manifestação, Doron Mozenson, de 25 anos, que pretende fazer um doutorado em estudos de gênero.
Este ano, o evento coloca o foco na luta da comunidade LGBT para poder gerar filhos com barriga de aluguel, algo que o parlamento não aprovou em julho.
Os participantes marcharam entre bandeiras do arco-íris e muitos deles estavam enfeitados com roupas multicoloridas, tanto crianças como adultos, enquanto entoavam cânticos como "O povo exige igualdade jurídica" e "Não à violência, sim à tolerância".
Os manifestantes também exibiram cartazes com palavras de ordem como: "Eu quero ser pai" e "Tudo começa com pais felizes e jovens".
"Temos que unir nossas forças em uma luta que jamais foi tão importante", declarou Tzipi Livni, líder da coligação de centro-esquerda União Sionista e ex-ministra de Relações Exteriores.
"Nosso trabalho não acaba com as marchas, a verdadeira mudança virá com uma nova legislação e uma profunda mudança social e política", acrescentou a política, segundo a rádio nacional "Kan".