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Maquinista de trem acidentado nos EUA estava cochilando

William Rockefeller, de 46 anos, teria 'admitido indiretamente' aos investigadores que 'pegou no sono' antes de o trem descarrilar


	Maquinista do trem de passageiros que descarrilou em Nova York: especialistas da NTSB estão revisando os horários do maquinista para determinar se trabalhava em excesso
 (Eric Thayer/Reuters)

Maquinista do trem de passageiros que descarrilou em Nova York: especialistas da NTSB estão revisando os horários do maquinista para determinar se trabalhava em excesso (Eric Thayer/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2013 às 20h04.

Nova York - O maquinista do trem de passageiros que descarrilou no domingo em Nova York admitiu aos investigadores que estava cochilando antes do acidente que matou quatro pessoas.

William Rockefeller, de 46 anos, teria 'admitido indiretamente' aos investigadores que 'pegou no sono' antes de o trem descarrilar ao entrar em uma curva pronunciada a uma velocidade quase três vezes maior que a permitida no trecho.

Em suas primeiras declarações ao Conselho Nacional de Segurança no Transporte (NTSB), o maquinista assegurou que não tinha consumido álcool, e agora os investigadores / pesquisadores estão à espera dos relatórios toxicológicos, segundo publica o diário New York Post.

'Não sei no qual estava pensando e do seguinte que me acordo é de pisar os freios', teria dito Rockefeller, que está sendo objeto de uma investigação federal pelo acidente, segundo outras fontes citadas pelo jornal 'Daily News'.

Entre outras coisas, os especialistas da NTSB estão revisando os horários do maquinista para determinar se trabalhava em excesso, já que aparentemente tinha mudado de turno para a primeira hora da manhã duas semanas antes, segundo as mesmas fontes.

Os investigadores fizeram uma análise preliminar do celular de Rockefeller e não parece haver sinais de que estivesse falando por telefone ou enviando mensagens de texto, publicou o 'New York Times'.

À margem da investigação, hoje foi divulgado que uma mulher que viajava no trem acidentado apresentou a primeira denúncia contra a Autoridade Metropolitana do Transporte (MTA) por 'negligência, excesso de velocidade, deficiente manutenção e supervisão'.

'Não vai a voltar a operar um trem em breve, posso garantir, mas há um processo envolvido e o homem tem direitos', disse o governador do Estado de Nova York, Andrew Cuomo, que anunciou que amanhã será retomado o serviço na linha Hudson da Metro North.

Hoje Cuomo anunciou que depois da tragédia ferroviária ordenou que sejam adotadas novas medidas de precaução para proteger os passageiros, incluindo obrigar todos os empregados da MTA a participar de conversas sobre segurança.

A NTSB revelou esta segunda-feira, a partir dos primeiros relatórios recolhidos das duas caixas-pretas do trem acidentado, que o comboio circulava a 132 km/h em um trecho limitado a 48 pouco antes de descarrilar no condado do Bronx.

Aproximadamente seis segundos antes de a locomotiva parar o acelerador deixou de estar acionado e só um segundo depois se aplicou o máximo de pressão nos freios, segundo os dados técnicos divulgados pelo NTSB.

Quatro pessoas morreram e mais de 60 ficaram feridas quando o trem, composto por sete vagões e uma locomotiva, descarrilou na manhã do domingo e terminou as margens do Hudson. EFE

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