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Manifestantes pedem retorno do Exército ao poder no Cairo

A manifestação aconteceu no leste do Cairo e foi convocada por um coletivo formado por militares aposentados e grupos que se opõem à Irmandade Muçulmana


	Manifestante no Egito: após uma onda de agitação popular no final de janeiro, o Exército advertiu para os riscos de um "colapso do Estado",.
 (REUTERS/Amr Abdallah Dalsh)

Manifestante no Egito: após uma onda de agitação popular no final de janeiro, o Exército advertiu para os riscos de um "colapso do Estado",. (REUTERS/Amr Abdallah Dalsh)

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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2013 às 17h10.

Cairo - Centenas de egípcios manifestaram nesta sexta-feira no Cairo seu apoio ao retorno do Exército ao poder em um país que atravessa uma transição política caótica, dois anos após a queda de Hosni Mubarak.

A manifestação aconteceu no leste do Cairo e foi convocada por um coletivo formado por militares aposentados e grupos que se opõem à Irmandade Muçulmana, à qual pertence o presidente Mohamed Mursi, de acordo com um fotógrafo da AFP.

Os manifestantes pediam ao Exército que não os abandonasse, exibindo imagens do ministro da Defesa, o general Abdel Fattah al-Sissi. Outros gritavam "o Exército deve voltar" (ao poder) ou "Abaixo o poder do guia", em referência a Mohammed Badie, guia supremo da Irmandade Muçulmana.

Manifestações em favor do Exército também foram organizadas em Damiette, no norte do país, segundo o site do jornal Al-Ahram.

O Exército tem sido um dos principais atores do jogo político no Egito há 60 anos.

A queda de Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011, levou o Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA), dirigido pelo marechal Hussein Tantawi, ao poder até a posse de Mursi, no final de junho de 2012.

Desde a ascensão ao poder de Mursi, o CSFA se manteve discreto apenas se manifestando em dezembro passado para fazer um apelo ao diálogo e lembrar seu papel como garantidor da estabilidade do país, em um contexto de profunda crise provocada pela adoção de um projeto de Constituição controverso.

Após uma onda de agitação popular no final de janeiro, o Exército advertiu para os riscos de um "colapso do Estado", fazendo um apelo "a todas as forças políticas" para que cheguem a uma solução para "os problemas políticos, econômicos, sociais e de segurança" no país.

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