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Manifestantes lançam tomates em carro que levava Merkel

A chanceler alemã estava indo para um ato eleitoral em Wolgast, cidade do leste da Alemanha onde os radicais são uma força emergente

Angela Merkel: um dos tomates sujou a roupa da chanceler (Hannibal Hanschke/Reuters)
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EFE

Publicado em 8 de setembro de 2017 às 16h20.

Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel , foi novamente recebida nesta sexta-feira com assobios por manifestantes ultradireitistas, que lançaram vários tomates contra o carro que a levava a um ato eleitoral em Wolgast, cidade do leste da Alemanha onde os radicais são uma força emergente.

Os manifestantes se reuniram na entrada do pavilhão onde havia sido programado o ato e reproduziram os gritos de "Hau ab" ("Cai fora", em alemão) e outras hostilidades que também foram escutadas em outros eventos eleitorais, como o de quarta-feira passada em Torgau (leste).

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Um dia antes, em Heidelberg, no sul do país, um espectador lançou vários tomates contra a chanceler, e um deles sujou a roupa de Merkel.

Wolgast é uma cidade de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, o estado federado onde a chanceler passou a infância e onde tem o seu distrito eleitoral.

A ultradireitista Alternativa para a Alemanha (AfD) é uma força em alta nessa região, onde mobiliza os simpatizantes para se unirem aos seus protestos.

Até agora, a maioria dos atos de Merkel foram realizados ao ar livre, mas a direção do CDU decidiu transferir o de Wolgast para um pavilhão fechado.

Os protestos contra Merkel aumentaram nesta fase da campanha para as eleições gerais de 24 de setembro.

A líder da União Democrata-Cristã (CDU) tenta a reeleição para um quarto mandato e é a clara favorita.

Em entrevista divulgada nesta semana, a líder do CDU e chanceler ressaltou que o direito de reunião é um pilar da liberdade e assegurou que seguirá com os seus atos de campanha em lugares onde não é recibida "gentilmente".

"Muitas pessoas que não participam desses assobios e gritos precisam de incentivo para continuar mostrando coragem civil e para enfrentar o ódio", manifestou em entrevista ao "RedaktionsNetzwerk Deutschland".

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