Manifestantes cobram atitude ou renúncia de Cameron
O chefe do governo atravessa um momento delicado após ser revelado que ele se beneficiou de um fundo de investimento criado pelo pai
Da Redação
Publicado em 9 de abril de 2016 às 13h55.
Londres - Milhares de pessoas foram convocadas neste sábado para pedir em frente à residência oficial de Downing Street que o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron , combata a evasão fiscal ou renuncie devido ao escândalo Panama Papers.
O chefe do governo atravessa um momento delicado após ser revelado que ele se beneficiou de um fundo de investimento criado pelo pai, Ian, em um paraíso fiscal antes de chegasse ao poder em 2010.
Várias organizações organizaram o protesto de hoje, entre elas a chamada Assembleia do Povo, formada por partidos de esquerda e sindicatos para combater as medidas de austeridade.
Os organizadores esperam que cerca de 1,5 mil pessoas compareçam a Downing Street para exigir a renúncia de Cameron. A manifestação foi organizada sob o lema "termine as evasões fiscais ou renuncie" e algumas pessoas chegaram ao local com cartazes e chapéus panamá.
O secretário da Assembleia do Povo, Sam Fairbairn, acusou Cameron e os conservadores de formarem um "governo de ricos" e de estarem imersos em várias crises pelos problemas no setor do aço do Reino Unido e pelas greves dos médicos residentes.
A empresa siderúrgica Tata Steel comunicou recentemente sua intenção de fechar seu negócio britânico, o que significará a perda de vários postos de trabalho, enquanto os médicos residentes convocaram várias greves em protesto pelas mudanças contratuais que o governo pretende impor.
Cameron confirmou hoje que publicará seu imposto de renda, após admitir na quinta-feira que teve ações em um fundo de investimento criado por seu pai em um paraíso fiscal, apesar de dias antes ter insistido que este era um assunto privado e que não estava em posse de títulos desse tipo.
Em entrevista à emissora "ITV", Cameron explicou que teve em seu poder ações no valor de mais de 30 mil libras em um fundo de investimento de seu pai nas Bahamas, mas que todas as transações eram descontadas com impostos do Reino Unido.
Cameron, cujo pai faleceu em 2010, reconheceu que foi titular junto com sua esposa, Samantha, de 5 mil títulos da Blairmore Investment Trust, registrada nas Bahamas, entre 1997 e janeiro de 2010, quatro meses antes de tomar posse como primeiro-ministro.
De acordo com a imprensa, os documentos do escritório panamenho Mossack Fonseca indicam que a Blairmore Holdings, que recebeu seu nome do sítio familiar dos Cameron em Aberdeenshire, na Escócia, administrou dezenas de milhões de libras em investimentos de famílias ricas. EFE
Londres - Milhares de pessoas foram convocadas neste sábado para pedir em frente à residência oficial de Downing Street que o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron , combata a evasão fiscal ou renuncie devido ao escândalo Panama Papers.
O chefe do governo atravessa um momento delicado após ser revelado que ele se beneficiou de um fundo de investimento criado pelo pai, Ian, em um paraíso fiscal antes de chegasse ao poder em 2010.
Várias organizações organizaram o protesto de hoje, entre elas a chamada Assembleia do Povo, formada por partidos de esquerda e sindicatos para combater as medidas de austeridade.
Os organizadores esperam que cerca de 1,5 mil pessoas compareçam a Downing Street para exigir a renúncia de Cameron. A manifestação foi organizada sob o lema "termine as evasões fiscais ou renuncie" e algumas pessoas chegaram ao local com cartazes e chapéus panamá.
O secretário da Assembleia do Povo, Sam Fairbairn, acusou Cameron e os conservadores de formarem um "governo de ricos" e de estarem imersos em várias crises pelos problemas no setor do aço do Reino Unido e pelas greves dos médicos residentes.
A empresa siderúrgica Tata Steel comunicou recentemente sua intenção de fechar seu negócio britânico, o que significará a perda de vários postos de trabalho, enquanto os médicos residentes convocaram várias greves em protesto pelas mudanças contratuais que o governo pretende impor.
Cameron confirmou hoje que publicará seu imposto de renda, após admitir na quinta-feira que teve ações em um fundo de investimento criado por seu pai em um paraíso fiscal, apesar de dias antes ter insistido que este era um assunto privado e que não estava em posse de títulos desse tipo.
Em entrevista à emissora "ITV", Cameron explicou que teve em seu poder ações no valor de mais de 30 mil libras em um fundo de investimento de seu pai nas Bahamas, mas que todas as transações eram descontadas com impostos do Reino Unido.
Cameron, cujo pai faleceu em 2010, reconheceu que foi titular junto com sua esposa, Samantha, de 5 mil títulos da Blairmore Investment Trust, registrada nas Bahamas, entre 1997 e janeiro de 2010, quatro meses antes de tomar posse como primeiro-ministro.
De acordo com a imprensa, os documentos do escritório panamenho Mossack Fonseca indicam que a Blairmore Holdings, que recebeu seu nome do sítio familiar dos Cameron em Aberdeenshire, na Escócia, administrou dezenas de milhões de libras em investimentos de famílias ricas. EFE