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Manifestação contra extrema direita reúne milhares na França

Jovens participaram de protesto contra a Frente Nacional, depois da vitória histórica do partido de extrema direita nas eleições europeias

Estudantes manifestam em Paris: partido de extrema direita ganhou força com crise (Pierre Andrieu/AFP)

Estudantes manifestam em Paris: partido de extrema direita ganhou força com crise (Pierre Andrieu/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2014 às 14h52.

Paris - Com lemas como "Acorda França!", "A ameaça da FN permanece" e "Não à F-Ódio" milhares de jovens participaram de uma manifestação na França contra a Frente Nacional, depois da vitória histórica do partido de extrema direita de Marine Le Pen nas eleições europeias.

A maior passeata, em Paris, reuniu de 4.200 (de acordo com a polícia) a 8.000 (segundo os organizadores) estudantes, que gritavam as palavras de ordem tradicionais das manifestações contra a extrema direita, como "A juventude incomoda a Frente Nacional", "F de fascista, N de nazista" ou ainda "Primeira, segunda, terceira geração: somos todos filhos de imigrantes".

Centenas de jovens também participaram de manifestações em Lyon (centro), Toulouse (sudoeste), Estrasburgo (leste), Marselha (sul) e em outras cidades, convocados por sindicatos de estudantes, mas também por movimentos das juventudes socialista, comunista e ecologista.

A adesão a esses atos ficou bem abaixo das registradas nas manifestações gigantescas de abril de 2002, depois da chegada de Jean-Marie Le Pen, pai de Marine e fundador do partido, ao segundo turno da eleição presidencial.

Mas o então presidente Jacques Chirac foi facilmente reeleito.

Naquela época, 1,3 milhão de pessoas saíram às ruas na França, incluindo cerca de 500.000 na capital.

A Frente Nacional obteve uma votação histórica domingo nas eleições europeias, com 25% dos votos.

Cerca de 30% das pessoas com menos de 35 anos que foram às urnas votaram no partido de extrema direita, de acordo com as pesquisas.

A FN ganhou força com a crise econômica persistente na França, os altos índices de desemprego, a impopularidade recorde do presidente socialista François Hollande e a incapacidade da direita de se apresentar como uma alternativa.

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