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Malvinenses querem reafirmar soberania britânica

Esta será a primeira consulta deste tipo que a população das Malvinas realiza depois das contínuas pressões do governo de Cristina Kirchner

A bandeira britânica sobre casa nas Malvinas: o Reino Unido considera as Malvinas um de seus 14 territórios dependentes de ultramar (antigas colônias) e defende que sua presença no Atlântico Sul remonta ao século 17. (Daniel Garcia/AFP)
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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Londres - Com o referendo dos próximos dias 10 e 11 de março, os moradores das Malvinas querem mostrar ao governo da Argentina que desejam manter a soberania britânica, segundo as autoridades locais das ilhas.

Esta será a primeira consulta deste tipo que a população das Malvinas realiza depois das contínuas pressões do governo de Cristina Kirchner para que o Reino Unido aceite negociar a soberania das ilhas.

A Argentina reivindica o território do Atlântico Sul desde janeiro de 1833, o que se intensificou no ano passado, por causa do 30º aniversário da guerra entre os dois países.

O desentendimento por parte dos dois países levou os malvinenses a anunciar, inesperadamente, em junho de 2012 a realização de um referendo, uma ideia que partiu originalmente de Dick Sawle, membro da Assembleia Legislativa das ilhas, segundo revelou à Agência Efe em uma recente visita a Londres.

Após uma série de pesquisas, os malvinenses chegaram à conclusão que um referendo monitorado em nível internacional era a melhor forma para enviar uma mensagem a Cristina Kirchner, segundo a Assembleia das Malvinas.

Os habitantes das ilhas não querem que o governo britânico, liderado por David Cameron, aceite falar com Buenos Aires sobre a soberania, mas estão dispostos a dialogar sobre outros aspectos de interesse comum.


Do mesmo partido que a ex-primeira ministra Margaret Thatcher, Cameron prometeu que não negociará a soberania das Malvinas enquanto seus habitantes não desejarem e deu pleno apoio a esta consulta popular.

O Reino Unido considera as Malvinas um de seus 14 territórios dependentes de ultramar (antigas colônias) e defende que sua presença no Atlântico Sul remonta ao século 17.

Com este referendo, os malvinenses querem expressar seu direito à autodeterminação, como estabelece a carta da ONU, e a continuar como território dependente do Reino Unido, segundo os membros da Assembleia Legislativa.

As autoridades das ilhas indicaram que a consulta irá acompanhada de um preâmbulo sobre as razões desta convocação e os moradores deverão responder "sim" ou "não".

"Quer que as ilhas Falkland (como os britânicos chamam as Malvinas) mantenham seu status político atual como território do Reino Unido em ultramar?", é a pergunta que deverão responder os 1.650 moradores com direito a voto, dos quase três mil habitantes das ilhas, nos próximos dias 10 e 11 de março.

O referendo, que a Argentina deixou claro que não reconhecerá e que considera ilegal, será realizado com a presença de observadores internacionais a fim de que seja livre e justo, segundo o governo das Malvinas.


A Assembleia Legislativa prometeu organizar uma segunda consulta se os moradores optarem pelo "não", mas tudo indica que os eleitores dirão "sim" à soberania britânica de forma contundente.

A consulta popular conta com o apoio do governo do Reino Unido, responsável pela defesa e pelos assuntos exteriores das ilhas.

Segundo as autoridades locais, as Malvinas não são uma colônia, pois contam com uma Assembleia Democrática, e são economicamente auto-suficientes graças às significativas licenças de pesca que concedem e também ao turismo, principalmente por causa de sua proximidade com o continente antártico.

No último ano, membros da Assembleia Legislativa tentaram, sem sucesso, dialogar com as autoridades argentinas, mas estas se negaram a qualquer contato porque consideram que o único interlocutor válido é o governo de Londres.

Durante uma recente visita ao Reino Unido, o chanceler argentino, Héctor Timerman, não aceitou uma oferta de seu colega britânico, William Hague, para conversar na presença de dois membros da Assembleia, Jan Cheek e Dick Sawle.

Em 1982, Argentina e Reino Unido se enfrentaram em uma guerra pela posse das ilhas, depois que a o Exército argentino as ocupou no dia 2 de abril. O conflito terminou com a rendição do país sul-americano no dia 14 de junho daquele mesmo ano.

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Londres - Com o referendo dos próximos dias 10 e 11 de março, os moradores das Malvinas querem mostrar ao governo da Argentina que desejam manter a soberania britânica, segundo as autoridades locais das ilhas.

Esta será a primeira consulta deste tipo que a população das Malvinas realiza depois das contínuas pressões do governo de Cristina Kirchner para que o Reino Unido aceite negociar a soberania das ilhas.

A Argentina reivindica o território do Atlântico Sul desde janeiro de 1833, o que se intensificou no ano passado, por causa do 30º aniversário da guerra entre os dois países.

O desentendimento por parte dos dois países levou os malvinenses a anunciar, inesperadamente, em junho de 2012 a realização de um referendo, uma ideia que partiu originalmente de Dick Sawle, membro da Assembleia Legislativa das ilhas, segundo revelou à Agência Efe em uma recente visita a Londres.

Após uma série de pesquisas, os malvinenses chegaram à conclusão que um referendo monitorado em nível internacional era a melhor forma para enviar uma mensagem a Cristina Kirchner, segundo a Assembleia das Malvinas.

Os habitantes das ilhas não querem que o governo britânico, liderado por David Cameron, aceite falar com Buenos Aires sobre a soberania, mas estão dispostos a dialogar sobre outros aspectos de interesse comum.


Do mesmo partido que a ex-primeira ministra Margaret Thatcher, Cameron prometeu que não negociará a soberania das Malvinas enquanto seus habitantes não desejarem e deu pleno apoio a esta consulta popular.

O Reino Unido considera as Malvinas um de seus 14 territórios dependentes de ultramar (antigas colônias) e defende que sua presença no Atlântico Sul remonta ao século 17.

Com este referendo, os malvinenses querem expressar seu direito à autodeterminação, como estabelece a carta da ONU, e a continuar como território dependente do Reino Unido, segundo os membros da Assembleia Legislativa.

As autoridades das ilhas indicaram que a consulta irá acompanhada de um preâmbulo sobre as razões desta convocação e os moradores deverão responder "sim" ou "não".

"Quer que as ilhas Falkland (como os britânicos chamam as Malvinas) mantenham seu status político atual como território do Reino Unido em ultramar?", é a pergunta que deverão responder os 1.650 moradores com direito a voto, dos quase três mil habitantes das ilhas, nos próximos dias 10 e 11 de março.

O referendo, que a Argentina deixou claro que não reconhecerá e que considera ilegal, será realizado com a presença de observadores internacionais a fim de que seja livre e justo, segundo o governo das Malvinas.


A Assembleia Legislativa prometeu organizar uma segunda consulta se os moradores optarem pelo "não", mas tudo indica que os eleitores dirão "sim" à soberania britânica de forma contundente.

A consulta popular conta com o apoio do governo do Reino Unido, responsável pela defesa e pelos assuntos exteriores das ilhas.

Segundo as autoridades locais, as Malvinas não são uma colônia, pois contam com uma Assembleia Democrática, e são economicamente auto-suficientes graças às significativas licenças de pesca que concedem e também ao turismo, principalmente por causa de sua proximidade com o continente antártico.

No último ano, membros da Assembleia Legislativa tentaram, sem sucesso, dialogar com as autoridades argentinas, mas estas se negaram a qualquer contato porque consideram que o único interlocutor válido é o governo de Londres.

Durante uma recente visita ao Reino Unido, o chanceler argentino, Héctor Timerman, não aceitou uma oferta de seu colega britânico, William Hague, para conversar na presença de dois membros da Assembleia, Jan Cheek e Dick Sawle.

Em 1982, Argentina e Reino Unido se enfrentaram em uma guerra pela posse das ilhas, depois que a o Exército argentino as ocupou no dia 2 de abril. O conflito terminou com a rendição do país sul-americano no dia 14 de junho daquele mesmo ano.

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