Malvinas fazem referendo com patriotismo elevado
Referendo realizado entre os eleitores das Ilhas Malvinas pretende contestar a reivindicação de soberania da Argentina
Da Redação
Publicado em 8 de março de 2013 às 13h21.
Buenos Aires - Os eleitores das Ilhas Malvinas , sob governo da Grã-Bretanha, realizarão um referendo sobre o seu futuro no domingo, que pretende contestar a reivindicação de soberania da Argentina.
Depois de 31 anos desde que a Grã-Bretanha e a Argentina entraram em guerra numa disputa sobre o arquipélago no Atlântico Sul, as tensões entre Londres e Buenos Aires estão altas. Isso tem perturbado alguns dos 2.500 habitantes da ilha e fortalecido o sentimento patriótico.
Apenas 1.649 moradores nascidos nas Malvinas ou residentes de longa data estão registrados para votar no referendo de dois dias que começa domingo, em que será perguntado se eles querem continuar a ser um território britânico ultramarino.
Um "sim" quase unânime é provável, o que levou a Argentina a rejeitar o referendo como um golpe publicitário. A casa de apostas britânica Ladbrokes descreveu o resultado como "a maior certeza na história da aposta política" e disse que ninguém havia feito uma aposta em um voto "não".
O comparecimento às urnas deve ser alto, uma vez que os habitantes da ilha abraçaram essa votação como uma oportunidade para fazer ouvir as suas vozes.
"As pessoas têm fortes sentimentos sobre isso. É a nossa chance de mostrar uma posição unificada sobre algo que nos afeta profundamente", disse Kerri Jamieson, proprietário de uma empresa que tem vendido camisetas comemorativas do referendo.
Até agora, ela já vendeu cerca de 50 camisetas com o logotipo "Nossas Ilhas, Nossa Decisão", e os pedidos não param de chegar.
Relações Públicas
Moradores da ilha dizem que observações agressivas da presidente argentina, Cristina Kirchner, e de seu ministro das Relações Exteriores, Héctor Timerman, têm alimentado o sentimento patriótico nas ilhas, a cerca de 12.700 quilômetros de Londres e a apenas um voo de 75 minutos do sul da Argentina.
As tensões aumentaram com a descoberta de reservas de petróleo comercialmente viáveis na bacia das Malvinas e com as demandas persistentes de Kirchner para a Grã-Bretanha manter conversações de soberania sobre as ilhas.
Timerman disse no mês passado que o referendo tinha o "espírito de uma campanha de relações públicas" e aliados do governo têm questionado a sua legitimidade.
"É quase um ato de autossatisfação perguntar às pessoas britânicas se elas querem ser britânicas. Em nossa opinião, parece completamente sem sentido", disse o senador Daniel Filmus, chefe do comitê de Política Externa do Senado.
A Argentina reivindica o território desde 1833, dizendo que herdou da Espanha na independência e que a Grã-Bretanha expulsou a população argentina das ilhas.
A alegação de soberania é uma constante na política externa argentina, mas houve momentos de distensão desde que o ex-ditador Leopoldo Galtieri enviou tropas para pousar nas Malvinas em abril de 1982, atraindo uma rápida resposta da ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher.
A guerra de 10 semanas, que resultou na morte de cerca de 650 argentinos e 255 soldados britânicos e terminou quando a Argentina se rendeu, é amplamente lembrada na Argentina como um erro humilhante da ditadura da época, e ninguém defende uma ação de militar.
Buenos Aires - Os eleitores das Ilhas Malvinas , sob governo da Grã-Bretanha, realizarão um referendo sobre o seu futuro no domingo, que pretende contestar a reivindicação de soberania da Argentina.
Depois de 31 anos desde que a Grã-Bretanha e a Argentina entraram em guerra numa disputa sobre o arquipélago no Atlântico Sul, as tensões entre Londres e Buenos Aires estão altas. Isso tem perturbado alguns dos 2.500 habitantes da ilha e fortalecido o sentimento patriótico.
Apenas 1.649 moradores nascidos nas Malvinas ou residentes de longa data estão registrados para votar no referendo de dois dias que começa domingo, em que será perguntado se eles querem continuar a ser um território britânico ultramarino.
Um "sim" quase unânime é provável, o que levou a Argentina a rejeitar o referendo como um golpe publicitário. A casa de apostas britânica Ladbrokes descreveu o resultado como "a maior certeza na história da aposta política" e disse que ninguém havia feito uma aposta em um voto "não".
O comparecimento às urnas deve ser alto, uma vez que os habitantes da ilha abraçaram essa votação como uma oportunidade para fazer ouvir as suas vozes.
"As pessoas têm fortes sentimentos sobre isso. É a nossa chance de mostrar uma posição unificada sobre algo que nos afeta profundamente", disse Kerri Jamieson, proprietário de uma empresa que tem vendido camisetas comemorativas do referendo.
Até agora, ela já vendeu cerca de 50 camisetas com o logotipo "Nossas Ilhas, Nossa Decisão", e os pedidos não param de chegar.
Relações Públicas
Moradores da ilha dizem que observações agressivas da presidente argentina, Cristina Kirchner, e de seu ministro das Relações Exteriores, Héctor Timerman, têm alimentado o sentimento patriótico nas ilhas, a cerca de 12.700 quilômetros de Londres e a apenas um voo de 75 minutos do sul da Argentina.
As tensões aumentaram com a descoberta de reservas de petróleo comercialmente viáveis na bacia das Malvinas e com as demandas persistentes de Kirchner para a Grã-Bretanha manter conversações de soberania sobre as ilhas.
Timerman disse no mês passado que o referendo tinha o "espírito de uma campanha de relações públicas" e aliados do governo têm questionado a sua legitimidade.
"É quase um ato de autossatisfação perguntar às pessoas britânicas se elas querem ser britânicas. Em nossa opinião, parece completamente sem sentido", disse o senador Daniel Filmus, chefe do comitê de Política Externa do Senado.
A Argentina reivindica o território desde 1833, dizendo que herdou da Espanha na independência e que a Grã-Bretanha expulsou a população argentina das ilhas.
A alegação de soberania é uma constante na política externa argentina, mas houve momentos de distensão desde que o ex-ditador Leopoldo Galtieri enviou tropas para pousar nas Malvinas em abril de 1982, atraindo uma rápida resposta da ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher.
A guerra de 10 semanas, que resultou na morte de cerca de 650 argentinos e 255 soldados britânicos e terminou quando a Argentina se rendeu, é amplamente lembrada na Argentina como um erro humilhante da ditadura da época, e ninguém defende uma ação de militar.