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Malásia determina que palavra "Alá" é apenas para muçulmanos

Questão tem intensificado a tensão sobre os direitos de minorias no país predominantemente muçulmano

Muçulmanas: decisão unânime tomada por três juízes muçulmanos da corte de apelações da Malásia reverteu uma decisão de 2009 (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2013 às 11h53.

Putrajaya - Um tribunal da Malásia determinou nesta segunda-feira que um jornal cristão não pode usar a palavra "Alá" para referir-se a Deus, uma decisão marcante em uma questão que tem intensificado a tensão sobre os direitos de minorias no país predominantemente muçulmano .

A decisão unânime tomada por três juízes muçulmanos da corte de apelações da Malásia reverteu uma decisão de 2009 de uma instância mais baixa que permitiu a versão em malaio do jornal The Herald de usar a palavra Alá.

"O uso da palavra Alá não é um parte integrante de fé cristã", disse o juiz responsável pelo caso, Mohamed Apandi Ali, na decisão. "O uso da palavra vai gerar confusão na comunidade." A decisão coincide com a elevação das tensões étnicas e religiosas na Malásia após uma eleição que polarizou o país em março, na qual eleitores urbanos, incluindo grande parte da minoria étnica chinesa, abandonaram a coalizão há muito no poder.

Nos últimos meses, o primeiro-ministro, Najib Razak, tem procurado consolidar sua base em meio à maioria étnica malaia, muçulmana por lei, e assegurar o apoio de tradicionalistas antes de uma assembleia partidária crucial neste mês.

Nesse caso, o governo argumentou que a palavra Alá é específica dos muçulmanos e que a decisão do ministro do Interior em 2008 em negar a permissão ao jornal para imprimi-la se justifica tendo como base a ordem pública.

Cerca de 200 muçulmanos comemoram a decisão em frente ao tribunal na capital administrativa Putrajaya, gritando "Allahu Akbar" (Alá é grande).

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A decisão unânime tomada por três juízes muçulmanos da corte de apelações da Malásia reverteu uma decisão de 2009 de uma instância mais baixa que permitiu a versão em malaio do jornal The Herald de usar a palavra Alá.

"O uso da palavra Alá não é um parte integrante de fé cristã", disse o juiz responsável pelo caso, Mohamed Apandi Ali, na decisão. "O uso da palavra vai gerar confusão na comunidade." A decisão coincide com a elevação das tensões étnicas e religiosas na Malásia após uma eleição que polarizou o país em março, na qual eleitores urbanos, incluindo grande parte da minoria étnica chinesa, abandonaram a coalizão há muito no poder.

Nos últimos meses, o primeiro-ministro, Najib Razak, tem procurado consolidar sua base em meio à maioria étnica malaia, muçulmana por lei, e assegurar o apoio de tradicionalistas antes de uma assembleia partidária crucial neste mês.

Nesse caso, o governo argumentou que a palavra Alá é específica dos muçulmanos e que a decisão do ministro do Interior em 2008 em negar a permissão ao jornal para imprimi-la se justifica tendo como base a ordem pública.

Cerca de 200 muçulmanos comemoram a decisão em frente ao tribunal na capital administrativa Putrajaya, gritando "Allahu Akbar" (Alá é grande).

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