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Malásia concentra busca pelo avião desaparecido no Índico

Governo indicou que efetivos marítimos e aéreos serão deslocados ao oceano Índico, onde as condições meteorológicas ainda dificultam os trabalhos de busca

Membros da Marinha australiana durante buscas ao Boeing 777-200, da Malaysia Airlines: última posição do avião se encontrava no Índico (Australian Defence Force/Handout via Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de março de 2014 às 11h20.

Kuala Lumpur - O governo da Malásia indicou nesta terça-feira que seus efetivos marítimos e aéreos serão deslocados ao oceano Índico, onde as condições meteorológicas ainda dificultam os trabalhos de busca pelo avião Boeing 777-200 da Malaysia Airlines .

O ministro da Defesa e interino de Transporte da Malásia, Hishamudin Hussein, explicou que as novas análises dos satélites indicam que a última posição do avião se encontrava no Índico, ao sudoeste da cidade australiana de Perth.

"Após a sólida cooperação por parte de nossos parceiros internacionais, o desafio já não é diplomático, mas primordialmente técnico e logístico", assinalou o ministro em entrevista coletiva na cidade malásia de Sepang.

Hishamudin confirmou que as tarefas de busca foram suspensas no corredor norte, que cobria grandes áreas da Ásia até o mar Cáspio, assim como na parte do corredor sul em torno da Indonésia.

"Todos os esforços estão concentrados no sul do corredor sul, em uma área que cobre umas 469.407 milhas náuticas quadradas, frente as 2,2 milhões de milhas náuticas quadradas que anunciamos no último dia 18 de março", precisou o titular de Defesa.

Nesta manhã, os voos de reconhecimento foram suspensos na região devido às péssimas condições meteorológicas no Índico.

O navio australiano HMAS Success já se encontra na região, mas, a partir de amanhã, está prevista a chegada de mais dois porta-aviões coreanos e seis embarcações chinesas, incluído o navio quebra-gelo Xue Long.

As autoridades, por enquanto, encontraram nenhum dos supostos vestígios do voo MH370 identificado nas imagens do satélite.

Anteriormente, as autoridades malaias informaram que uma inovadora análise de dados de satélite permitiu a confirmação de que o avião sobrevoou por horas o Oceano Índico. Como a aeronave não tinha possibilidade de aterrissar, as autoridades não esperam encontrar sobreviventes.

Segundo o ministro da Defesa, a companhia de satélites Inmarsat e a Agência de Investigação de Acidentes Aéreos do Reino Unido (AAIB, na sigla em inglês) realizaram uma análise inovadora dos dados do avião recolhidos pelo satélite.


Antes de desaparecer, o Boeing 777-200 interrompeu suas comunicações, mas seguiu enviando dados ao satélite Inmarsat, embora sem precisar sua localização.

"Diante dessa situação, a Inmarsat desenvolveu uma segunda técnica que considera a velocidade do aparelho em relação com o satélite", declarou Hishamudin.

Segundo os investigadores, a intensidade e a frequência da informação recebida pelo satélite situam a aeronave desaparecida na metade do Índico.

"A análise mostrou uma fraca correlação com o corredor norte, mas uma boa correlação com o corredor sul", apontou o ministro malaio.

Amanhã, uma delegação malásia chegará à China para se reunir com as famílias dos passageiros chineses que iniciaram um protesto contra a falta de informação e "provas indubitáveis" do acidente.

Em uma entrevista coletiva realizada na cidade de Sepang, o executivo-chefe da Malaysian Airlines, Ahmad Jauhari Yahya, assinalou que a delegação explicou que dará mais detalhes aos familiares dos tripulantes e, inclusive, responderão todas as perguntas que forem feitas.

O voo MH370 da companhia da Malaysian Airlines partiu de Kuala Lumpur rumo a Pequim na madrugada do último dia 8 de março e, com 239 pessoas a bordo, desapareceu dos radares civis da Malásia cerca de 40 minutos depois.

A análise dos dados de radar e satélite levou os investigadores a concluir que o avião articulou uma manobra de retorno e voou até a Península de Malaca.

Entre as 239 pessoas a bordo, 153 eram chinesas, 50 malaias (12 da tripulação), sete indonésias, seis australianas, cinco indianas, quatro francesas, três americanas, duas neozelandesas, duas ucranianas, duas canadenses, uma russa, uma holandesa, uma taiwanesa e duas iranianas que embarcaram com passaportes roubados de um italiano e de um austríaco.

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Kuala Lumpur - O governo da Malásia indicou nesta terça-feira que seus efetivos marítimos e aéreos serão deslocados ao oceano Índico, onde as condições meteorológicas ainda dificultam os trabalhos de busca pelo avião Boeing 777-200 da Malaysia Airlines .

O ministro da Defesa e interino de Transporte da Malásia, Hishamudin Hussein, explicou que as novas análises dos satélites indicam que a última posição do avião se encontrava no Índico, ao sudoeste da cidade australiana de Perth.

"Após a sólida cooperação por parte de nossos parceiros internacionais, o desafio já não é diplomático, mas primordialmente técnico e logístico", assinalou o ministro em entrevista coletiva na cidade malásia de Sepang.

Hishamudin confirmou que as tarefas de busca foram suspensas no corredor norte, que cobria grandes áreas da Ásia até o mar Cáspio, assim como na parte do corredor sul em torno da Indonésia.

"Todos os esforços estão concentrados no sul do corredor sul, em uma área que cobre umas 469.407 milhas náuticas quadradas, frente as 2,2 milhões de milhas náuticas quadradas que anunciamos no último dia 18 de março", precisou o titular de Defesa.

Nesta manhã, os voos de reconhecimento foram suspensos na região devido às péssimas condições meteorológicas no Índico.

O navio australiano HMAS Success já se encontra na região, mas, a partir de amanhã, está prevista a chegada de mais dois porta-aviões coreanos e seis embarcações chinesas, incluído o navio quebra-gelo Xue Long.

As autoridades, por enquanto, encontraram nenhum dos supostos vestígios do voo MH370 identificado nas imagens do satélite.

Anteriormente, as autoridades malaias informaram que uma inovadora análise de dados de satélite permitiu a confirmação de que o avião sobrevoou por horas o Oceano Índico. Como a aeronave não tinha possibilidade de aterrissar, as autoridades não esperam encontrar sobreviventes.

Segundo o ministro da Defesa, a companhia de satélites Inmarsat e a Agência de Investigação de Acidentes Aéreos do Reino Unido (AAIB, na sigla em inglês) realizaram uma análise inovadora dos dados do avião recolhidos pelo satélite.


Antes de desaparecer, o Boeing 777-200 interrompeu suas comunicações, mas seguiu enviando dados ao satélite Inmarsat, embora sem precisar sua localização.

"Diante dessa situação, a Inmarsat desenvolveu uma segunda técnica que considera a velocidade do aparelho em relação com o satélite", declarou Hishamudin.

Segundo os investigadores, a intensidade e a frequência da informação recebida pelo satélite situam a aeronave desaparecida na metade do Índico.

"A análise mostrou uma fraca correlação com o corredor norte, mas uma boa correlação com o corredor sul", apontou o ministro malaio.

Amanhã, uma delegação malásia chegará à China para se reunir com as famílias dos passageiros chineses que iniciaram um protesto contra a falta de informação e "provas indubitáveis" do acidente.

Em uma entrevista coletiva realizada na cidade de Sepang, o executivo-chefe da Malaysian Airlines, Ahmad Jauhari Yahya, assinalou que a delegação explicou que dará mais detalhes aos familiares dos tripulantes e, inclusive, responderão todas as perguntas que forem feitas.

O voo MH370 da companhia da Malaysian Airlines partiu de Kuala Lumpur rumo a Pequim na madrugada do último dia 8 de março e, com 239 pessoas a bordo, desapareceu dos radares civis da Malásia cerca de 40 minutos depois.

A análise dos dados de radar e satélite levou os investigadores a concluir que o avião articulou uma manobra de retorno e voou até a Península de Malaca.

Entre as 239 pessoas a bordo, 153 eram chinesas, 50 malaias (12 da tripulação), sete indonésias, seis australianas, cinco indianas, quatro francesas, três americanas, duas neozelandesas, duas ucranianas, duas canadenses, uma russa, uma holandesa, uma taiwanesa e duas iranianas que embarcaram com passaportes roubados de um italiano e de um austríaco.

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