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Mais um impasse na Espanha?

Os espanhóis vão às urnas neste domingo para suas segundas eleições parlamentares em menos de seis meses. A última votação, em dezembro, não produziu maioria suficiente para eleger um primeiro-ministro, tampouco resultou num acordo de coalizão – o que obrigou o rei Felipe VI a começar tudo outra vez. A Espanha tem quatro partidos principais. […]

DESEMPREGADOS NA ESPANHA: taxa de desocupação da Europa não cai abaixo dos 10% há cinco anos / Jasper Juinen/Getty Images
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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2016 às 06h09.

Última atualização em 22 de junho de 2017 às 18h21.

Os espanhóis vão às urnas neste domingo para suas segundas eleições parlamentares em menos de seis meses. A última votação, em dezembro, não produziu maioria suficiente para eleger um primeiro-ministro, tampouco resultou num acordo de coalizão – o que obrigou o rei Felipe VI a começar tudo outra vez.

A Espanha tem quatro partidos principais. Desde a redemocratização na década de 1970, o socialista PSOE e o conservador PP – do atual primeiro-ministro Mariano Rajoy – se revezam num sistema bipartidarista. Mas com a crise de 2008, ganharam voz os jovens Ciudadanos (de centro e liberal) e Podemos (mais à esquerda que o PSOE).

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Nessa colcha de retalhos, o PP teve ligeira vantagem em dezembro, com 28,7% dos votos, e deve repetir o resultado no domingo. Tal fração do eleitorado, contudo, não garante maioria suficiente para reeleger Rajoy como chanceler. Já o Podemos deve angariar a segunda colocação e ultrapassar o PSOE como liderança da esquerda.

A queda dos partidos tradicionais surge num cenário que segue dramático. A taxa de desemprego do país não fica abaixo dos 20% desde 2011. Hoje, a economia se recupera, tendo crescido 3,2% em 2015 e com previsão semelhante para 2016. Mas o caminho para a retomada ainda é longo, e os espanhóis enfrentam obstáculos como a alta divida pública – que saltou para mais de 100% no início deste ano.

Depois de domingo, há dois cenários possíveis: a união de Podemos e PSOE à esquerda ou a abstenção do PSOE na escolha do primeiro-ministro, concedendo vitória ao PP. Diante das divergências na esquerda, analistas apostam na segunda opção. De qualquer forma, os últimos seis meses já mostraram que a perspectiva não é de vida fácil no parlamento espanhol durante os próximos quatro anos.

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