Helicóptero do exército sírio sobrevoa a cidade de Alepo: rebeldes ameaçam penitenciária e controlam estrada que conduz até o local. Comida e remédios são lançados de helicópteros (Tauseef Mustafa/AFP)
Da Redação
Publicado em 20 de junho de 2013 às 09h19.
Cairo - Mais de cem presos morreram desde abril na prisão central de Alepo, no norte da Síria, devido às precárias condições em que vivem e os ataques contra suas instalações, denunciou nesta quinta-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
O grupo, com sede em Londres e que conta com uma ampla rede de ativistas no país árabe, denunciou a morte de muitos prisioneiros por falta de alimentos e remédios, assim como por execuções e explosões.
O Observatório deu como exemplo o caso de três detentos que sofriam de tuberculose e morreram recentemente por não terem sido medicados. Além disso, a sarna é uma doença bastante disseminada entre os presos e os próprios agentes.
Desde 2 de maio, os rebeldes ameaçam a penitenciária e têm o controle da estrada que conduz até o local, por isso a comida e os remédios chegam lançados pelo ar de helicópteros.
Nos arredores do local são comuns choques entre as forças do regime e os insurgentes, que em algumas ocasiões chegaram até o interior da prisão, onde há cerca de 4.000 pessoas.
Em 15 de maio, dois carros-bomba explodiram ao lado de muro e um posto de controle da prisão, e pouco depois os opositores tomaram a delegacia de Musalamiya.
Cerca de uma semana depois, um suicida detonou outro veículo carregado com explosivos na entrada principal do presídio.
O Observatório pediu que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e organizações internacionais intervenham de forma urgente para levar remédios e alimentos o mais rápido possível para a prisão de alepo.