Mundo

Mais de 7 milhões de eleitores vão às urnas na Guatemala em meio à violência

Apenas durante a campanha para essas eleições, 35 candidatos foram assassinados

A Cidade do México: eleitores enfrentam disputa entre os carteis mexicanos (Wikimedia Commons)

A Cidade do México: eleitores enfrentam disputa entre os carteis mexicanos (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2011 às 13h35.

Brasília – Pela primeira vez na história recente, os 7,3 milhões de eleitores na Guatemala irão às urnas hoje (11) para escolher o futuro presidente da República sem ter um candidato apoiado pelo governo. Em meio às incertezas, o país vive também um período de tensão por causa da violência gerada pelo narcotráfico e os cartéis mexicanos, que usam o país como rota para suas atividades.

Apenas durante a campanha para essas eleições, nas quais serão escolhidos também 333 prefeitos, 158 deputados e 20 representante do Parlamento Centro-Americano, 35 candidatos foram assassinados. Os governos federal e locais reforçaram a segurança em todas as cidades do país.

Na disputa pela Presidência da República, os dez candidatos terão de convencer 40% do eleitorado que demonstram indecisão, segundo as pesquisas de opinião. A incerteza aumentou depois que a candidata favorita foi impedida de disputar as eleições. Há exatamente um mês a Suprema Corte da Guatemala decidiu que Sandra Torres, ex-mulher do atual presidente Alvaro Colom, é inelegível.

Os simpatizantes de Sandra Torres se recusam a apoiar um dos candidatos que concorrem à Presidência. Apesar de a disputa envolver dez candidatos, só quatro aparecem com possibilidades de vitória, de acordo com as pesquisas de intenção de voto. Para ser vitorioso no primeiro turno é necessário obter 50% de votos mais um. Mas, em geral, na Guatemala as eleições se definem apenas no segundo turno – em 6 de novembro.

Na relação de candidatos lembrados pelos eleitores, segundo as pesquisas de opinião, estão Eduardo Suger, Harold Caballeros e Otto Pérez Mollina, que lideram a disputa; depois deles vem Alejandro Giammattei. O eleito ficará quatro anos no poder a partir de 14 de janeiro. Mas o atual presidente da República avisou que dará início ao governo de transição já em 14 de novembro.

Durante a campanha eleitoral os candidatos que mais se destacaram foram o ultradireitista Otto Pérez Molina, general da reserva, defensor de medidas repressivas contra a violência e contra os narcotraficantes, e Rigoberta Menchú, Prêmio Nobel da Paz de 1992, apontada pelos analistas como uma candidata sem possibilidades de vitória, que se diz favorável à refundação do Estado da Guatemala como forma de acabar com a corrupção e com as violações.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaEleiçõesGuatemalaMéxico

Mais de Mundo

Brasil está confiante de que Trump respeitará acordos firmados na cúpula do G20

Controle do Congresso dos EUA continua no ar três dias depois das eleições

China reforça internacionalização de eletrodomésticos para crescimento global do setor

Xiaomi SU7 atinge recorde de vendas em outubro e lidera mercado de carros elétricos