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Mais de 250 mil pessoas fugiram da Líbia

Muitos refugiados estão em acampamentos nas regiões fronteiriças, disse nesta quinta-feira um dirigente da ONU

Forças rebeldes na Líbia: nenhuma fonte do Cairo confirmou a presença de jatos de Kadafi (John Moore/Getty Images)

Forças rebeldes na Líbia: nenhuma fonte do Cairo confirmou a presença de jatos de Kadafi (John Moore/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2011 às 21h45.

Nova York - Mais de 250.000 pessoas fugiram da Líbia por países vizinhos desde o início da revolta contra Muamar Kadhafi em meados de fevereiro, disse nesta quinta-feira um dirigente da ONU.

Mais de 137.400 cruzaram a fronteira com a Tunísia, 107.500 com o Egito, 5.400 com a Argélia e 2.200 com a Nigéria, disse um porta-voz da coordenação humanitária da ONU, que não quis se identificar.

Muitos refugiados estão em acampamentos nas regiões fronteiriças. Em Choucha, na fronteira com a Tunísia, o Programa Mundial de Alimentos e o Crescente Vermelho fornecem alimentação diária a 7.000 pessoas, e a cifra dobrará nos próximos dias, disse o porta-voz.

Há pouca informação sobre a situação humanitária em áreas da Líbia controlada pelas forças de Kadhafi, mas o porta-voz disse que três quartos do país permanecem isolados de assistência humanitária.

"As necessidades de saúde são uma grande preocupação, particularmente em momentos em que estamos recebendo relatórios de fechamento de hospitais quando as pessoas mais precisam de atenção médica. Necessitamos de enfermeiras, e os civis feridos precisam chegar a essas instalações", disse o funcionário.

Os Estados Unidos prometeram desbloquear outros 17 milhões de dólares para ajudar os refugiados que escapam dos distúrbios na Líbia, e informaram que em breve enviarão equipes de ajuda humanitária à zona leste do país, dominada pela oposição.

Mas o filho de Kadhafi disse nesta quinta-feira que a vitória estava à vista sobre os rebeldes que combatem contra o regime de seu pai, depois que forças leais recuperaram dois locais-chave e enquanto as potências ocidentais estudam como lidar com a guerra civil.

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