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Mais de 100 pessoas morrem em queda de avião em Cuba, diz mídia estatal

Há, ao menos, três sobreviventes gravemente feridos entre os 114 passageiros e tripulação

Acidente: aeronave estava em voo doméstico para Holguín e caiu pouco tempo após decolar de Havana (Alexandre Meneghini/Reuters)

Acidente: aeronave estava em voo doméstico para Holguín e caiu pouco tempo após decolar de Havana (Alexandre Meneghini/Reuters)

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Reuters

Publicado em 18 de maio de 2018 às 18h56.

Última atualização em 18 de maio de 2018 às 22h35.

Havana - Mais de 100 pessoas morreram na queda de um avião de passageiros Boeing 737 em Cuba nesta sexta-feira, informou a emissora local CubaTV.

Havia ao menos três sobreviventes, gravemente feridos, entre os 114 passageiros e tripulação, disse o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel.

A aeronave, que estava em voo doméstico para Holguín, no leste de Cuba, caiu pouco tempo após decolar de Havana, reportou a imprensa estatal. Havia 105 passageiros, incluindo cinco crianças.

O fogo do acidente foi apagado e autoridades estavam identificando corpos, disse o presidente Díaz-Canel, acrescentando que autoridades estavam investigando a causa do acidente.

Os destroços estavam espalhados pela área, e ambulâncias e carros de bombeiros estavam no local, disse uma testemunha da Reuters. O fogo já havia sido apagado e partes escurecidas da fuselagem podiam ser vistas.

"Ouvimos uma explosão e então vimos uma grande nuvem de fumaça preta subir", disse Gilberto Menéndez, dono de um restaurante perto do local do acidente na área agrícola de Boyeros, 20 quilômetros de Havana.

Carlos Alberto Martínez, diretor do hospital Calixto Garcia, em Havana, disse à Reuters que quatro vítimas do acidente tinham sido levadas ao local. Uma morreu e outras três, todas mulheres, estavam em condição grave, segundo ele.

"Ela está viva mas muito queimada e inchada", disse um parente de uma das sobreviventes no hospital.

O voo era arrendado pela companhia aérea Cubana de uma pequena companhia mexicana chamada Damohj ou Global, disse a mídia estatal cuabana. Holguín tem algumas das praias mais primitivas do país e atrai muitos turistas.

A Cubana não quis comentar. Um representante da Damojh no México disse: "estamos reunindo o que podemos para dar a informação correta".

A nacionalidade dos passageiros do voo não estava clara ainda. A mídia estatal disse que os comissários eram estrangeiros, mas não deu mais detalhes.

Sites de rastreamento de voos indicaram que o voo era o CU972, tendo partido de Havana às 11h locais.

Reclamações sobre Cuba

O governo mexicano disse em seu site que o avião era um Boeing 737-201 construído em 1979.

A Boeing informou em um post no Twitter: "Estamos cientes de reportagens sobre Cuba e estamos monitorando de perto a situação".

As aeronaves Boeing 737 usam motores feitos pela CFM International, fornecedora dos motores mais usados do mundo, construídos por uma joint venture da GE com a francesa Safran.

Na quinta-feira, o primeiro vice-presidente de Cuba, Salvador Valdés Mesa, se reuniu com executivos da Cubana para discutir reclamações públicas sobre o seu serviço, segundo a imprensa estatal. Problemas incluiam o cancelamento de diversos voos domésticos neste ano e longos atrasos, que segundo a companhia, foram causados por problemas técnicos com a sua aeronave.

O último acidente aéreo fatal em Cuba havia ocorrido em 2017, disse a Rede de Segurança de Aviação. Foi um voo militar que matou todas as oito pessoas a bordo. Em 2010, um avião comercial da Aero Carribean caiu na região central de Cuba. Todas as 68 pessoas a bordo morreram.

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