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Maduro descarta negociar com oposição

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, descartou intenção de negociar com a oposição

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acena para simpatizantes: "nem negociação nem pacto, o que há aqui é um debate, um diálogo" (Federico Parra/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2014 às 14h58.

Caracas - O presidente da Venezuela , Nicolás Maduro , descartou nesta terça-feira sua intenção de "negociar" com a oposição, afirmando que o encontro acertado pelos chanceleres da Unasul para as próximas horas visando superar a crise no país será "um debate, um diálogo".

"Nem negociação nem pacto, o que há aqui é um debate, um diálogo, algo diferente de uma negociação ou de um pacto", disse o presidente em seu programa de rádio "Em contato com Maduro".

"Seria um traidor se negociasse a revolução, algo que não me pertence, que pertence à revolução, ao povo, à história. A mim cabe administrar este poder para fazer mais revolução".

Mais cedo nesta terça-feira, Maduro participou de uma reunião com representantes da opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), que acertou iniciar nas "próximas horas" um diálogo sob a supervisão de "facilitadores" da Unasul para superar a crise.

"Ponho toda a minha energia para que o caminho que iniciamos hoje com a oposição dê a paz à Venezuela, que seja uma mensagem clara de paz (...) e peço ao povo chavista (...) que me acompanha nesta revolução (...) todo seu apoio para construir as bases da paz".

"Mas aqui vai haver justiça, não vai haver impunidade, tenham certeza disto (...) é a única forma que termos paz", afirmou Maduro sobre a proposta de anistia da MUD.

O diálogo acertado entre o governo e a MUD prevê a presença, como "facilitadores", dos chanceleres de Brasil, Luiz Alberto Figueiredo; Colômbia, María Angela Holguín, e Equador, Ricardo Patiño, além de um representante do Vaticano.

Setores da oposição já rejeitaram o anúncio de "diálogo" feito pela direção da MUD, afirmando que trata-se de um show político utilizando os chanceleres da Unasul".

A Vontade Popular - cujo líder Leopoldo López está preso sob a acusação de promover a violência nos protestos - explicou que não compareceu à reunião preparatória porque não foram atentidas as condições prévias.

Segundo a Vontade Popular, que integra a MUD, entre as condições estão a "libertação imediata" de López, de dois prefeitos opositores e de vários outros detidos qualificados de "presos políticos", além do "fim imediato da perseguição política contra a dissidência".

A Venezuela é sacudida há dois meses por uma onda de protestos que já deixou 39 mortos, 600 feridos e mais de 100 opositores detidos.

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"Nem negociação nem pacto, o que há aqui é um debate, um diálogo, algo diferente de uma negociação ou de um pacto", disse o presidente em seu programa de rádio "Em contato com Maduro".

"Seria um traidor se negociasse a revolução, algo que não me pertence, que pertence à revolução, ao povo, à história. A mim cabe administrar este poder para fazer mais revolução".

Mais cedo nesta terça-feira, Maduro participou de uma reunião com representantes da opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), que acertou iniciar nas "próximas horas" um diálogo sob a supervisão de "facilitadores" da Unasul para superar a crise.

"Ponho toda a minha energia para que o caminho que iniciamos hoje com a oposição dê a paz à Venezuela, que seja uma mensagem clara de paz (...) e peço ao povo chavista (...) que me acompanha nesta revolução (...) todo seu apoio para construir as bases da paz".

"Mas aqui vai haver justiça, não vai haver impunidade, tenham certeza disto (...) é a única forma que termos paz", afirmou Maduro sobre a proposta de anistia da MUD.

O diálogo acertado entre o governo e a MUD prevê a presença, como "facilitadores", dos chanceleres de Brasil, Luiz Alberto Figueiredo; Colômbia, María Angela Holguín, e Equador, Ricardo Patiño, além de um representante do Vaticano.

Setores da oposição já rejeitaram o anúncio de "diálogo" feito pela direção da MUD, afirmando que trata-se de um show político utilizando os chanceleres da Unasul".

A Vontade Popular - cujo líder Leopoldo López está preso sob a acusação de promover a violência nos protestos - explicou que não compareceu à reunião preparatória porque não foram atentidas as condições prévias.

Segundo a Vontade Popular, que integra a MUD, entre as condições estão a "libertação imediata" de López, de dois prefeitos opositores e de vários outros detidos qualificados de "presos políticos", além do "fim imediato da perseguição política contra a dissidência".

A Venezuela é sacudida há dois meses por uma onda de protestos que já deixou 39 mortos, 600 feridos e mais de 100 opositores detidos.

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